
Nesta quarta-feira (13), as cantoras paraenses Hellen Patrícia, Francy Ribeiro e Dona Loirinha, acompanhadas da produtora cultural Ciane de Moraes, participaram de uma reunião com o ministro do Turismo, Celso Sabino, e a ministra da Cultura, Margareth Menezes, em Brasília. O encontro teve como objetivo mostrar a diversidade e a força do brega paraense, reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) Turismo com Belém como a capital mundial do brega.
Segundo Ciane de Moraes, a reunião gerou grandes expectativas para avanços no segmento cultural no estado.
“Tratamos de projetos voltados à valorização do brega. Levar esse segmento para um espaço como esse, com ministros, é uma oportunidade de difundir o brega para todo o Brasil. Também buscamos dar visibilidade aos pioneiros desse ritmo”, afirmou.
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Apesar de muitos artistas do brega paraense não estarem presentes, pioneiros do gênero participaram.
“Alguns que não puderam vir, como Alberto Moreno e Waldo Cesar, enviaram vídeos cantando e deixando mensagens para a reunião. A ministra Margareth Menezes, o ministro Celso Sabino e todos os presentes ficaram encantados com o material, que transmitia a essência da cultura brega paraense”, relatou Ciane.
Estiveram presentes na reunião:
- Ministro Celso Sabino e equipe;
- Ministra Margareth Menezes e equipe;
- Secretária de Cultura e Turismo de Belém, Cilene Sabino (por videoconferência);
- Produtora cultural Ciane de Moraes;
- Cantoras Hellen Patrícia, Francy Ribeiro e Dona Loirinha;
- Produtores Alde César e Jean Ribeiro.
O encontro ocorreu no Ministério da Cultura, sendo a primeira vez que o brega paraense foi representado oficialmente em Brasília.
“A ministra foi muito acolhedora, assim como o ministro, destacando a importância desse segmento para o Pará. Os avanços virão, é um passo de cada vez”, acrescentou Ciane.
Durante a reunião, foi apresentado aos ministros o projeto Palco Mundi do Brega, criado em Belém, que busca valorizar especialmente os artistas do brega raiz.
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O ritmo brega
O brega paraense é um gênero musical popular do Pará, especialmente difundido em Belém. Mistura elementos românticos, dançantes e eletrônicos, com letras que falam de amor, saudade e cotidiano. Suas raízes vêm do brega nacional das décadas de 1960 e 1980, combinadas com influências regionais, caribenhas e amazônicas.
Com o tempo, o ritmo se diversificou em diferentes estilos:
- Brega tradicional – melódico e romântico, com guitarras e teclados suaves;
- Brega pop – incorpora elementos da música pop e produção moderna;
- Brega calypso – mistura brega, guitarrada e ritmos caribenhos, como o merengue;
- Tecnobrega – eletrônico e acelerado, com batidas fortes e sintetizadores, comum nas festas de aparelhagem;
- Melody – versão mais lenta e romântica do tecnobrega, com melodias vocais marcantes.
Essa variedade torna o brega paraense mais do que um gênero musical: ele é um movimento cultural vivo, que se reinventa constantemente e representa de forma marcante a identidade musical do Pará. Foi essa essência que os artistas buscaram apresentar aos ministros na reunião em Brasília.
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