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MÚSICA

Crítica: Com flashbacks, Kaleidoscope alarga pop universal do Coldplay

O EP “Kaleidoscope” vem sendo comercializado e conceituado pelo próprio Coldplay como um “produto casado” do mais recente álbum de inéditas do grupo, “A Head Full of Dreams” (2015). Um ano e meio após tal disco, a banda britânica aproveita o que poderia

O EP “Kaleidoscope” vem sendo comercializado e conceituado pelo próprio Coldplay como um “produto casado” do mais recente álbum de inéditas do grupo, “A Head Full of Dreams” (2015).

Um ano e meio após tal disco, a banda britânica aproveita o que poderia ser mais um trabalho de faixas bônus para promover declarados flashbacks em sua própria história de metamorfoses musicais.

Por mais que funcione de fato como uma espécie de cena pós-créditos para “A Head Full of Dreams”, “Kaleidoscope” revela um lado nostálgico da (adorada e odiada) fábrica de hits.

Tomando certa distância do clima fofo e festivo de “A Head Full of Dreams”, um disco marcado pela produção extravagante do duo norueguês Stargate, “All I Can Think About Is You” abre o EP com uma releitura dos primeiros anos da banda.

Coldplay raiz (?)
Perto dos hinos pop que enchem estádio gravados em “A Head”, a faixa é quase um Coldplay acústico. Guitarra, bateria e, sobretudo, piano nos levam às baladinhas românticas nascidas nos primeiros anos da década de 2000, quando Chris Martin reconfigurou o britpop por meio do bom mocismo e de hits inofensivos.

“Love is the only thing left that’s true” (“amor é a última coisa verdadeira que resta”), diz Martin no versinho final. E só mesmo o Coldplay, com seu espírito U2 de sempre, para citar Muhammad Ali, Mahatma Gandhi e Nelson Mandela já na faixa seguinte, “Miracles (Someone Especial)”.

Apesar de as bandeiras filantrópicas praticamente se igualarem, o Coldplay sempre perderá na comparação com o U2 pelo simples fato de, em 2017, ainda compor letras tão preguiçosas.

Se “All I Can Think About Is You” poderia facilmente ter sido lançada no “A Rush of Blood to the Head” (2002), “Miracles” lembra um pouco as paisagens orquestrais de “Viva la Vida” (2008).

As boas intenções continuam em “A L I E N S”, esse já um confesso instrumento solidário cujo objetivo é levantar fundos para os milhares de refugiados que tentam atravessar o mar Mediterrâneo.

Antes de “Hypnotised”, outro poeminha romântico ao piano, o Coldplay faz um desnecessário rearranjo ao vivo (em Tóquio) de “Something Just Like This”, a parceria com o Chainsmokers que virou megahit.

Resta especular o quanto “Kaleidoscope” tem de auto-homenagem informal ou de prenúncio de uma virada incomum ao encontro de velhas conquistas.

Avaliação: Regular

O EP “Kaleidoscope” está disponível em plataformas de streaming

Fonte: Metropoles

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