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NO "FIO DO BIGODE"

Pequenos vencem "gigantes" na conversa, confiança e amizade

Para dobrar a modernidade, velhas armas do comércio: a boa conversa, o olho no olho e a confiança. Mercearias fortalecem laços comunitários entre clientes e proprietários.

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Imagem ilustrativa da notícia Pequenos vencem "gigantes" na conversa, confiança e amizade camera Paulo Sergio, de 60 anos, é cliente na taberna "Casa Castelinho". | Foto: Brenda Hayashi

A tradição de comprar em pequenas mercearias em Belém é mantida pela boa conversa e pela amizade entre comerciantes e fregueses. Não é difícil encontrar estabelecimentos na capital paraense, que se baseiam nas relações. Em meio à modernidade, o hábito de anotar as contas no caderno de fiado é a prova material da confiança entre ambas as partes, garantindo o bate-papo, a camaradagem e boas vendas.

No bairro do Umarizal, em Belém, o taxista Chirlei Patrício, de 45 anos, é um cliente antigo e também amigo de Antônio Mendes Júnior, da bodega "Irmãos Paladino". Ele enfatiza a importância da confiança e da amizade. “Nós nos conhecemos desde os 8 anos de idade. A minha relação com ele é muito boa como o convívio e a amizade. Como sou taxista e trabalho aqui ao lado. eu frequento diariamente - pela manhã venho tomar um cafezinho e, aos finais de semana após o serviço, eu gosto de frequentar o bar”.

Chirlei Patrício, é cliente antigo da bodega "Irmãos Paladino".
📷 Chirlei Patrício, é cliente antigo da bodega "Irmãos Paladino". |(Foto: Brenda Hayashi)

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Na bodega "Irmãos Paladino", embora ainda exista alguns mantimentos nas prateleiras de madeira, após a pandemia passou a investir na venda de bebidas alcoólicas. Como uma forma de se adaptar aos dias atuais , aos finais de semana o local vira um ponto de encontro para quem quer tomar uma cervejinha e curtir uma roda de samba.

Seus Clenilton, de 65 anos, é agricultor e cliente da mercearia "Jaguaruana" do seu Baizinho, localizada na travessa do Chaco, no bairro da Pedreira. Para ele, o espaço é sinônimo de aconchego e ele não dispensa o velho cigarro, vendido a retalho ou nas carteias. "Frequento aqui desde os meus 22 anos, e hoje, quando não venho comprar, paro para bater um bom papo", afirma.

Clenilton é agricultor e cliente da mercearia "Jaguarana"
📷 Clenilton é agricultor e cliente da mercearia "Jaguarana" |(Foto: Brenda Hayashi)

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Já o aposentado Paulo Sergio, de 60 anos, não abre mão de uma boa cervejinha na taberna "Casa Castelinho", no Mercado do Porto do Sal, que existe desde 1945, na Cidade Velha. Ele vai ao estabelecimento todos os dias para encontrar os amigos, conversar e tomar uma cerveja gelada. Com bom humor, o aposentado diz: "Sou cliente há mais de 30 anos, estou por aqui todos os dias para tomar minha cerveja. Costumo chegar de manhã e só vou embora às 18h para dormir".

Paulo Sergio, de 60 anos, é cliente na taberna "Casa Castelinho".
📷 Paulo Sergio, de 60 anos, é cliente na taberna "Casa Castelinho". |Foto: Brenda Hayashi

Equipe Dol Especiais:

  • Reportagem: Brenda Hayashi
  • Fotos: Emerson Coe
  • Coordenação e Edição: Anderson Araújo
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