Esporte que mais medalhas olímpicas garantiu ao Brasil em Olimpíadas, o judô brasileiro se despede de Tóquio com duas de bronze e uma ponta de decepção pelo desempenho por equipes no último dia de competições.
Se por um lado Daniel Cargnin (até 66 kg) e Mayra Aguiar (até 78 kg) ajudaram o esporte a manter a escrita de subidas ao pódio desde Los Angeles-1984, por outro é o pior desempenho desde Atenas-2004.
1 é bom
— CBJ (@JudoCBJ) July 29, 2021
2 é ótimo
3 é MAYRA
🇧🇷 🥉🥉🥉 🇧🇷
📸: Lara Monsores/CBJ pic.twitter.com/Jxx3R7Pf89
Naquela edição, aliás, Leandro Guilheiro e Flávio Canto foram os únicos a ganhar o bronze.Neste sábado (31), havia a expectativa de o Brasil brigar por medalha no judô por equipe e igualar o desempenho de 2008 e 2012. Porém, o time perdeu para a Holanda nas quartas de final e, na repescagem, não resistiu ao time de Israel.
Ao analisar o desempenho dos brasileiros no Japão, o gestor de alto rendimento da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), Ney Wilson, afirmou que a pandemia atrapalhou o processo de preparação, principalmente com o cancelamento de torneios e dificuldade de treinar em outros países. Tudo isso em meio à necessidade de lapidar novos judocas.
"Estamos passando por uma renovação, e a gente teve muita dificuldade na nossa preparação. O atleta jovem precisa rodar mais, treinar mais, e a pandemia dificultou bastante. Conseguimos algumas alternativas, mas não foi suficiente", diz Wilson.
"Tenho certeza que esses atletas superaram muitas dificuldades para chegar aqui, cada um entregou tudo o que pôde. Faltou, de fato, uma preparação melhor por falta de um intercâmbio."
Alô @joaoderly @kikorsjudo @wagnerzaccani @judors já podem preparar aquele churrasco! 😋
— CBJ (@JudoCBJ) July 29, 2021
A fome de medalha já matamos por aqui! 🥉🥉 pic.twitter.com/vU8t1ZCGC3
A modalidade contabiliza 24 medalhas no total: são quatro de ouro, três de prata e 17 de bronze.Apesar da preparação problemática no último ciclo, Ney Wilson enalteceu a campanha de Cargnin, que deixou o Nippon Budokan com o bronze após vencer o israelense Baruch Shmailov. "A gente trouxe um rosto novo [Cargnin], uma cara nova à imprensa, porque sabemos do potencial dele", afirmou o gestor da CBJ.
Relembre abaixo todos os medalhistas olímpicos brasileiros do judô
Munique-1972: Chiaki Ishii (bronze na categoria -93 kg);
Los Angeles-1984: Douglas Vieira (prata na categoria -95 kg);
Walter Carmona (bronze na categoria -86 kg), Luiz Onmura (bronze na categoria -71 kg);
Seul-1988: Aurélio Miguel (ouro na categoria -95 kg);
Barcelona-1992: Rogério Sampaio (ouro na categoria -85 kg);
Atlanta-1996: Aurélio Miguel (bronze na categoria -95 kg), Henrique Guimarães (bronze na categoria -65 kg);
Sydney-2000: Tiago Camilo (prata na categoria -73 kg), Carlos Honorato (prata na categoria -90 kg);
Atenas-2004: Leandro Guilheiro (bronze na categoria -73 kg), Flávio Canto (bronze na categoria -81kg);
Pequim-2008: Ketleyn Quadros (bronze na categoria -57 kg), Leandro Guilheiro (bronze na categoria -73kg), Tiago Camilo (bronze na categoria -81kg);
Londres-2012: Sarah Menezes (ouro na categoria -48 kg), Mayra Aguiar (bronze na categoria -78 kg), Felipe Kitadai (bronze na categoria -60 kg), Rafael Silva (bronze na categoria +100 kg);
Rio-2016: Rafaela Silva (ouro na categoria -57 kg), Mayra Aguiar (bronze na categoria -78 kg), Rafael Silva (bronze na categoria +100 kg);
Tóquio-2020: Daniel Cargnin (bronze na categoria -66 kg), Mayra Aguiar (bronze na categoria -78 kg).
É MEDALHA! É TRADIÇÃO! É JUDÔ!!!! @dadscargnin 66kg vence Baruch Shmailov 🇮🇱 e conquista a 23ª medalha do Judô brasileiro na história dos @JogosOlimpicos !
— CBJ (@JudoCBJ) July 25, 2021
PREPARADO PARA VENCER!!! 🥉 pic.twitter.com/ulUfwfFEaK
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