Vítima de três episódios supostamente racistas, o meio-campo do Londrina, Celsinho, mais uma vez foi vítima de injúria racial, segundo entrevista dada por ele após o empate entre seu clube e o Brusque, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B, no último sábado (28). Horas depois o clube catarinense emitiu uma nota desmentindo o jogador e o chamando de "oportunista".
Nota à comunidade!
— Brusque FC (@Brusqueoficial) August 29, 2021
Confira: https://t.co/K9XIxyp6Ok
"O Brusque F.C. reitera que nenhum de seus diretores praticou qualquer ato de racismo e tomará todas as medidas cabíveis para a responsabilização do atleta pela falsa imputação de um crime. Racismo é algo grave e não pode ser tratado como um artifício esportivo, nem, tampouco, com oportunismo" - Disse nota.
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Pouco tempo após publicação da nota, e compartilhamento no Twitter oficial do clube, os comentários foram desativados, no entanto, só no posto foram mais de 17.1 mil retweets (compartilhamentos).
Internautas e jornalistas condenaram a nota oficial do Brusque na internet:
O CASO
Segundo o jogador, um membro da diretoria do Brusque o teria chamado de "macaco", inclusive apontando para o suposto racista no camarote do Estádio Augusto Bauer.
"De fato aconteceu, eu não sei ele faz parte da comissão técnica, da diretoria, é aquele senhor de vermelho que se encontra no camarote. De fato eu também não entendo o porquê de tantas pessoas assim, num protocolo, em uma situação que ainda não estão liberados os torcedores, nós temos uma quantidade, é lamentável - disse o atleta" - disse o atleta.
PRIMEIROS CASOS
Essa é a terceira vez que o atleta está envolvido neste tipo de episódio. A primeira foi quando o narrador Romes Xavier e o comentarista Vinícius Silva da Rádio Bandeirantes Goiânia se referiram ao jogador de forma preconceituosa e desrespeitosa por conta de seu cabelo afro.
A segunda foi quando o Radialista paraense Cláudio Guimarães, da Rádio Clube do Pará usou termos preconceituosos para falar sobre o cabelo do jogador. O Comunicador continua afastado de suas atividades na rádio.
O Londrina ainda não se posicionou oficialmente sobre o caso.
VEJA A NOTA DO BRUSQUE NA ÍNTEGRA
O atleta Celso Honorato Júnior, reserva do Londrina E.C., relatou à imprensa que teria sido chamado de "macaco" por membros da Diretoria do Brusque F.C., durante o jogo realizado ontem (28/08).
O Brusque F.C., sua torcida, diretoria, comissão técnica e patrocinadores sempre foram, ao longo da sua história, absolutamente respeitosos com relação a todos os princípios que regem as relações desportivas e humanas. Jamais permitiríamos qualquer atitude de conotação racista em nosso Clube, que condena veementemente qualquer pensamento ou prática nesse sentido.
O atleta, por sua vez, é conhecido por se envolver neste tipo de episódio. Esta é pelo menos a 3a vez, somente este ano, que alega ter sido alvo de racismo, caracterizando verdadeira "perseguição" ao mesmo. Importante esclarecer que, ao árbitro, o atleta não relatou ter sido chamado de "macaco", mas sim que teriam dito "vai cortar esse cabelo de cachopa de abelha", o que constou da súmula e revela a total contradição nos seus relatos.
O Brusque F.C. reitera que nenhum de seus diretores praticou qualquer ato de racismo e tomará todas as medidas cabíveis para a responsabilização do atleta pela falsa imputação de um crime. Racismo é algo grave e não pode ser tratado como um artificio esportivo, nem, tampouco, com oportunismo.
A Diretoria.
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