De acordo com a legislação brasileira, a injúria racial é considerada crime e faz parte das muitas manifestações de racismo que o país ainda convive e a população afro descendente enfrenta todos os dias. No mundo do esporte, ataques raciais tem sido registrados com certa frequência e uma da ocorrências mais recentes pode mudar os rumos do Campeonato Brasileiro.
Isso porque o jogo entre Brusque-SC X Londrina-PR, válido pela 21ª rodada no último sábado (28) terá um capítulo que poderá parar nos tribunais, após o árbitro da partida relatar um caso de racismo envolvendo o jogador Celsinho, do time paranaense.
O atleta chegou a ser acusado de estar se “vitimizando” pelo time de Santa Catarina. O árbitro da partida, Fábio Augusto Santos Sá, citou em sua súmula o episódio que ocorreu no fim do primeiro tempo, onde o jogador foi hostilizado de forma racista pelo staff do time catarinense.
VEJA
Ao se pronunciar sobre o ocorrido, o Brusque-SC foi hostilizado nas redes sociais e voltou atrás com um pedido de desculpas ao jogador e ao clube paranaense. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) está analisando o caso. Se punido, o clube pode ficar até um ano sem entrar em praças esportivas e pagar multa. Outra punição possível é o risco de perda de pontos da equipe, que também pode ser excluída da Série B.
Casos semelhantes de racismo no futebol tiveram punições e até exclusão, a exemplo do Grêmio-RS, que já foi excluído da Copa do Brasil após uma torcedora chamar de "macaco" o goleiro Aranha, do Santos, em 2014. O árbitro citou o mesmo episódio na súmula e o clube gaúcho foi punido pelo STJD.
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