Falta um passo para o inédito título mundial. Neste sábado, a seleção brasileira feminina de vôlei, dona de dois ouros olímpicos, busca vencer o Mundial pela primeira vez depois de bater na trave em 1994, 2006 e 2010. O jogo contra a Sérvia, atual campeã, começa às 15h (de Brasília), em Apeldoorn, na Holanda, com transmissão da TV Globo e SporTV.
As duas seleções contam com capitãs em excelente fase: Gabi e Boskovic. Em disputa à parte, concorrem ao prêmio de jogadora mais valiosa do Mundial. Pelo bronze, Itália e EUA se enfrentarão às 11h. A italiana Egonu, líder nas estatísticas de ataque e pontos, é outro nome forte para a estrela do torneio.
Gabi, de 28 anos e que assumiu o posto de capitã nesta temporada, vive momento ímpar. Com o Vakifbank, da Turquia, alcançou a temporada perfeita. Ganhou todas as competições que disputou com o clube e foi eleita melhor da posição no Campeonato Turco e melhor jogadora na Champions League. Com a seleção foi prata na Liga das Nações, em julho, quando o técnico José Roberto Guimarães contou com 50% do plantel de estreantes. O resultado foi comemorado como um ouro.
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“Sem dúvida vivo um momento muito especial e com grandes desafios. Ser capitã na seleção tem me ajudado a me desenvolver como profissional e pessoa também. Alavancou meus sonhos e metas”, analisa a atacante. “Mas digo que é muito fácil ser capitã de um grupo que gosta de trabalhar, que é comprometido. No vestiário, antes da final, gostaria que a gente lembrasse que temos de jogar ponto a ponto, ficar dentro da partida, independentemente do que aconteça, e entrar com tudo. O importante é não desistir. Este tem sido o nosso diferencial: a gente não desiste”.
Gabi é a quinta nas estatísticas das atacantes e pontuadoras (205 pontos, logo atrás de Boskovic, com 216), além de estar em segundo na defesa. Gosta, porém, de falar do grupo e menos de si. Dia após dia, diz que o Brasil é osso duro de roer quando joga com o conjunto. E que este foi o combustível do trator que passou por cima da favorita Itália,na semifinal.
Para ela, contra a Sérvia, que está invicta, a receita tem de ser a mesma. Afinal, os números desta classificação foram excelentes. Contra a Itália, o Brasil fez 23 pontos de contra-ataque e 21 de bloqueio (dez de Carol, destaque absoluto no fundamento).
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“Essa energia, lucidez e coragem a gente tem de levar para a final. Temos capacidade de superação como grupo. Não será um jogo de seis, sete jogadoras”, analisa a capitã. “Por isso, MVP é consequência do que o grupo fará, de um título. Não estou preocupada com isso, se serei eu ou quem será. Não tem objetivo maior, sonho maior, do que ser campeã mundial. Espero contribuir para que a equipe deixe 100% nesta quadra”.
Brasil e Sérvia se enfrentaram 21 vezes em grandes torneios em âmbito mundial, com 18 vitórias brasileiras. Neste ano, a seleção venceu as sérvias por duas vezes na Liga das Nações, e em 2021, nos Jogos Olímpicos de Tóquio. A última vez que a Sérvia ganhou foi no Mundial anterior, em 2018.
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