A CBF vive dias agitadíssimos desde a queda de Ednaldo Rodrigues e sua recondução à presidência. Do furacão provocado pela sombra de uma nova eleição à demissão de Fernando Diniz, a entidade tenta recolocar o trem nos trilhos e transparecer um ar de normalidade em meio ao caos.
O QUE ACONTECEU
A Fifa veio ao Brasil e externou seu apoio a Ednaldo. Emilio Garcia, diretor jurídico da entidade, esteve na sede da CBF e festejou a decisão do STF que recolocou Rodrigues na presidência.
"Ficamos contentes e aliviados com a decisão do supremo tribunal de justiça que reestabelece o presidente Ednaldo presidente que foi eleito pelo futebol brasileiro, e isto é o mais importante para a Fifa e para a Conmebol", disse.
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Ednaldo reuniu representantes das federações. Ainda que conte com inúmeros desafetos entre seus pares, o baiano conseguiu colocar todos na mesma mesa.
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A reunião durou quatro horas e o tom foi de cobrança. Apesar de ter sido pressionado, o cartola passou uma mensagem de concórdia e prometeu ser mais flexível.
"Encerramos o processo eleitoral. Não existe mais. É assunto do passado. Faz parte das nossas 27 federações contribuirmos para unidade do futebol, principalmente por mudanças, renovação, novos métodos e atitudes. Foi importante, uma conversa muito franca, leal, para olharmos daqui para frente", afirmou Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da FPF.
Os clubes das Séries A e B também foram à CBF. Rodrigues manteve o tom pacificador, ouviu sugestões e prometeu ser mais atento às necessidades.
A nossa pretensão é construir um futebol brasileiro cada vez mais forte e com a participação direta dos clubes. Aproveito para agradecer a solidariedade de todos os clubes, que já apoiavam nosso trabalho, pois foram eles que nos elegeram, construindo a pavimentação para um futebol mais amplo.
Agora, Dorival é o trunfo. Após esses acenos e manifestações públicas, Ednaldo prepara o anúncio do técnico. O dirigente entende que o treinador terá aceitação rápida por parte da maioria.
AS APARÊNCIAS ENGANAM
Publicamente, a mensagem que se passa é a de união, mas a paz está muito longe de reinar no futebol brasileiro. A oposição vê Rodrigues ainda fragilizado e promete intensificar os ataques e os movimentos nos bastidores.
O grupo, que tem os ex-presidentes Ricardo Teixeira e Marco Polo del Neto entre seus mais ativos membros, entende que Ednaldo não tem capacidade alguma de liderar e governar.
Ainda há uma esperança muito grande de uma reversão na decisão do STF que recolocou Rodrigues na cadeira. Pode não parecer, mas a guerra pela sucessão na CBF ainda promete muitos capítulos.
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