A paixão que levou milhares de torcedores à Arena MRV para a final da Copa do Brasil, no último domingo (10), acabou gerando um capítulo polêmico para o Atlético-MG. Em meio a comemorações e frustrações típicas de uma decisão, cenas de tumulto e violência colocaram o clube no centro de uma polêmica e resultaram na interdição temporária do estádio, conforme determinação do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). A medida foi adotada após a promotoria solicitar a interdição devido a incidentes dentro e fora do estádio.
O STJD acatou o pedido e determinou que o próximo jogo do Galo no Campeonato Brasileiro, contra o Botafogo, marcado para a próxima quarta-feira (20), ocorra em outro estádio. Em nota oficial, o STJD destacou que a interdição se manterá "até que o clube adote medidas logísticas, estruturais, administrativas e disciplinares necessárias e suficientes para garantir a segurança adequada". A decisão é uma resposta à necessidade urgente de resguardar atletas e torcedores, após imagens exibirem cenas de invasão ao campo e arremessos de objetos, incluindo bombas que foram lançadas em direção aos jogadores e acabaram ferindo gravemente um repórter fotográfico.
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“Defiro a liminar para determinar a interdição imediata da ARENA MRV, com a transferência dos jogos do Clube Atlético Mineiro SAF, na condição de mandante, para praça desportiva diversa, com portões fechados,” afirmou o Tribunal. “A medida estará em vigor até que o clube comprove a adoção de medidas logísticas, estruturais, administrativas e disciplinares necessárias e suficientes para garantir a segurança adequada na Arena MRV. Quando isso ocorrer, a medida será objeto de nova deliberação pelo Pleno deste Tribunal.”
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Com essa decisão, o Atlético também fica sujeito a sanções ainda mais severas caso a situação não seja contornada. O julgamento envolverá os artigos 211 e 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que tratam da responsabilidade dos clubes pela segurança em seus estádios. Possíveis punições incluem a perda de mandos de campo e uma multa que pode chegar a R$ 200 mil. Se as sanções não forem cumpridas nesta temporada, elas serão aplicadas em 2025, afetando competições organizadas pela CBF.
O Atlético já sinalizou que buscará uma reconsideração da decisão, afirmando que não teve acesso ao direito de ampla defesa antes da interdição.
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