A partida entre Avaí 3 x 1 Clube do Remo, ocorrida no último sábado (15), continua tendo lamentáveis repercussões em razão aos vergonhosos atos de xenofobia e racismo que foram provocados por uma torcedora que estava presente nas arquibancadas do Estádio da Ressacada. O episódio tem gerado profundo descontentamento em todo o país, tal qual as imagens da briga entre torcedores também no local.
O Avaí informou que identificou a torcedora flagrada no vídeo falando em tom de deboche para os torcedores do Remo e decidiu suspendê-la temporariamente, seguindo os protocolos internos do clube. A diretoria afirmou que o procedimento respeita o direito à ampla defesa e ao contraditório, podendo resultar na exclusão do quadro de associados após o prazo estipulado.
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A defesa da torcedora divulgou nota alegando que houve “diversos conflitos paralelos” no estádio, gerando um ambiente de tensão que teria “alterado o estado emocional” da mulher durante a partida. Por razões relacionadas à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o Avaí não divulgou a identidade da torcedora, mas declarou estar colaborando com as autoridades e disponibilizando todas as informações requisitadas.
Um segundo torcedor que também aparece no vídeo proferindo ofensas ainda está sendo identificado e receberá a mesma punição após a confirmação de sua participação. Um vídeo que circula nas redes sociais, divulgado pelo perfil Futebol Paraense, mostra uma torcedora do Avaí proferindo insultos racistas e xenofóbicos contra apoiadores do Remo durante a partida válida pela penúltima rodada da Série B.
Declaração repercute em todo o Brasil
Em tom de deboche, a mulher dirige frases ofensivas à torcida azulina, como: “Vão de jegue! O que é que tem no Pará, seu feio! Gastou o salário do mês pra vim e agora vai embora a pé. O prefeito não quer em Floripa. Vai embora a pé! Olha tua cor! Pobre aqui não fica. Querem comer? Tá com fome, aqui tem a comidinha de graça", disparou.
As agressões repercutiram amplamente e foram repudiadas por torcedores do Remo, clubes e internautas em todo o país. As falas foram classificadas como racistas e xenofóbicas por reforçar estereótipos ofensivos e atacar a origem regional de torcedores paraenses — reacendendo o debate sobre intolerância e preconceito nos estádios brasileiros.
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