Torcedora do Avaí estava emocionalmente alterada ao xingar paraenses, diz advogada

A partida entre Remo e Avaí, realizada no último sábado (15) pela Série B do Campeonato Brasileiro, voltou a repercutir intensamente nas redes sociais após a divulgação de um vídeo em que uma torcedora do Avaí, identificada como Ana Costa, aparece proferindo ofensas contra torcedores paraenses. As falas, amplamente compartilhadas, foram classificadas por internautas como injúria racial e xenofobia, motivando forte reação pública e abrindo caminho para a apuração pelas autoridades competentes.

Diante da repercussão, a advogada Nathália Poeta, responsável pela defesa da torcedora, publicou nesta terça-feira (18) uma nota oficial buscando contextualizar o episódio e contestar a interpretação de que Ana teria agido por preconceito.

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Defesa aponta “ambiente de tensão” e agressões prévias

Na nota, a advogada afirma que o vídeo divulgado representaria apenas “um recorte isolado e incompleto” dos acontecimentos. Segundo Poeta, Ana Costa teria sido alvo de agressões verbais instantes antes, dentro de um contexto de “diversos conflitos paralelos” que teriam ocorrido no Estádio da Ressacada.

A defesa sustenta que o comportamento exibido nas imagens **não corresponde ao habitual** da torcedora, alegando que o ambiente tenso da partida influenciou diretamente seu estado emocional.

Advogada nega intenção discriminatória

Poeta reforça que sua cliente “não possui qualquer tipo de preconceito” e que mantém “profundo respeito por paraenses e catarinenses”, além das torcidas de Avaí e Remo. A advogada declara que o episódio teria sido um “desentendimento pontual”, envolvendo pessoas específicas, e não uma manifestação dirigida ao povo paraense em geral.

A torcedora, segundo sua defesa, lamenta o ocorrido e pediu desculpas “a todos que se sentiram atingidos”, reiterando que suas falas não refletiriam seus valores pessoais.

Caso deve seguir para apuração oficial

Embora a nota procure explicar o comportamento de Ana Costa, a repercussão nas redes sociais tem pressionado para que o caso seja investigado no âmbito criminal. Clubes e entidades ligadas ao futebol vêm sendo cobrados por torcedores a se posicionar sobre o episódio.

A advogada encerrou a nota afirmando que a torcedora está à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos.

Repercussão segue intensa

O caso se soma a uma série de episódios recentes de discriminação no futebol brasileiro, reacendendo debates sobre segurança, rivalidade e limites da violência verbal nas arquibancadas. Nas redes, muitos internautas questionaram as justificativas apresentadas, enquanto outros pediram prudência até que a investigação seja concluída.