A Polícia Civil já identificou quatro integrantes da torcida organizada Independente que participaram da invasão ao CT do São Paulo no último sábado (27). De acordo com a delegada Margarete Barreto, responsável pela investigação, os torcedores foram reconhecidos através de vídeos.

Os nomes dos torcedores não serão divulgados neste primeiro momento. O Drade (Delegacia de Repressão a Delitos de Intolerância Esportiva) continua trabalhando com para identificar outros torcedores que participaram da invasão.

A invasão ocorreu no último sábado durante o treino da equipe. Após reunirem-se na entrada do local, um grupo de torcedores conseguiu invadir o CT do clube. Para entrar, o portão de entrada foi aberto à força. Na sequência, um dos campos do local foi completamente tomado.

Na invasão, Carlinhos, Wesley e Michel Bastos foram agredidos. O presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, e o diretor-executivo Gustavo Vieira de Oliveira foram os principais alvos da torcida entre os dirigentes.

Os torcedores só foram expulsos depois de quase meia hora e então continuaram protestando do lado de fora do CT.

Durante a invasão, dez uniformes de treino do São Paulo foram roubados pelos organizados, além de 14 bolas, cinco garrafas e um galão de água.

Logo após a invasão, o presidente são-paulino afirmou que a invasão teve cunho político e que as agressões foram "empurrões, tapinhas e chutinhos".

No domingo (28), Leco ameaçou entrar com um processo na Justiça contra o ator Henri Castelli. O motivo foi um vídeo divulgado pelo ator na semana passada em que ele chamou os torcedores a participar do protesto.

Na gravação, ele disse que estaria no sábado no CT (o que não ocorreu) e chamou os dirigentes são-paulinos de "bando de safados e vagabundos que usam o clube para se promover".
"Tem de ter alguma inspiração maior e estranha para ter uma ofensiva tão absurda como a incitação à violência feita por esse moço. Ele provavelmente vai ter de responder a isso na Justiça", disse o presidente.

(Folhapress)

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