Após voltar do Rio de Janeiro (RJ), onde foi dar início ao processo do Clube do Remo no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) contra uma suposta irregularidade do Botafogo-PB, o presidente André Cavalcante concedeu uma entrevista coletiva à imprensa, ontem, para explicar os próximos passos que serão tomados pela sua gestão no futebol do Leão em 2016.

A reportagem do BOLA apurou e publicou na edição de ontem que os azulinos não têm chances de voltar à Série C do Campeonato Brasileiro, segundo informações de bastidores. Porém, a expectativa do dirigente é que até a próxima quinta-feira (29) o caso seja resolvido. “Entramos com o processo junto ao STJD e será julgada a legalidade ou não do recurso. Ou seja, o procurador decidirá se o processo será arquivado ou se irá a julgamento. Como não temos tempo, vamos entrar também com a liminar para parar o campeonato, porque precisamos ter a condição de disputar estes jogos”, explicou o mandatário, que evitou dar mais detalhes. “Temos que ter cautela, para não dar armas ao adversário, por isso estamos evitando falar muito sobre esta situação. Porque semana passada houve o embate no campo e agora é nos tribunais”, ressaltou.

Com isso, até semana que vem os atletas devem tomar suas decisões. “Eu conversei com os jogadores e já deixamos todos à vontade para decidir o seu futuro. Quem quiser, já pode conversar com a gente. Mas se eles quiserem sair, não vamos fazer nada. O certo é que vamos ter que fazer uma grande negociação com todos eles para que a gente consiga pagar todas as nossas dívidas”, encerrou André Cavalcante.

Ao longo do dia de ontem, alguns jogadores, como o goleiro Fernando Henrique, o volante Yuri e o atacante Ciro, estiveram na sede social azulina para tratar do seu futuro com o Leão.

Atual gestor vai em busca da reeleição

As eleições presidenciais do Remo estão marcadas para o próximo dia 12 de novembro. Com os bastidores muito movimentados, alguns nomes começam a ser ventilados como possíveis candidatos ao cargo máximo dentro do Leão.Entre muitos nomes, o do atual presidente, André Cavalcante, circula entre os corredores do Baenão. E ele mesmo tratou de responder à pergunta. “Eu não estava pretendendo ser candidato. Porque acho que temos que dar nossa contribuição e abrir novas lideranças. Mas do jeito que as coisas estão acontecendo, já aparecendo nome de pessoas se candidatando, e nomes que conseguimos tirar do contexto, eu me vejo na obrigação de combater isso. Se esse cenário político estiver se fechando, eu vou, sim, ser candidato. Mesmo contra a vontade da a minha vontade e da minha família, mas eu não posso, no futuro, ser acusado de omisso”, argumentou o dirigente.

As últimas eleições do Remo foram extraordinárias, já que o antigo presidente, Pedro Minowa, e o seu vice, Henrique Custódio, renunciaram ao cargo. Com isso, Manoel Ribeiro, presidente do Condel, ficou à frente do cargo até as eleições realizadas no fim de 2015.


Resultados

O Remo passou 2016 em branco. Foram três treinadores e 32 jogadores contratados, mas nenhuma taça.

Porém, para André Cavalcante, o futebol precisa ir além dos resultados. “Eu não posso montar um time que vai ganhar tudo e quebrar as finanças do clube. Claro que vencer as competições é muito importante, mas precisamos prezar pela saúde do clube”, afirmou.

Nesta temporada, o Leão foi eliminado no segundo do turno do Parazão; caiu na primeira fase da Copa do Brasil; parou nas semifinais da Copa Verde; e não passou sequer da primeira fase da Série C.

(Café Pinheiro/Diário do Pará)

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