Na manhã desta terça-feira (10), o jornalista André Hernan, do SporTV revelou que o Paysandu teve consultoria com o advogado José Felipe Artioli para tentar reverter o resultado contra o Náutico-PE do último domingo (08). 

Se você não lembra, Artioli é o mesmo advogado que conseguiu provar a conduta irregular da arbitragem entre Aparecidense 1 x 0 Ponte Preta em partida válida pela 1ª fase da Copa do Brasil, em fevereiro.

Na época, o resultado foi anulado e os dois voltaram a campo, com nova vitória da Aparecidense, que eliminou (de novo) a Macaca campineira, desta vez por 2 a 0. Em seguida, o time goiano foi despachado pelo Bragantino por 3 a 2, em partida no Mangueirão, em abril.

Segundo Hernan, o Paysandu fez a consulta ao jurista e irá entrar na justiça contra a arbitragem de Leandro Vuaden, também pedindo anulação da partida. O advogado que representará o clube paraense no STJD será Michel Assef Filho.

José Felipe Artioli, advogado de Ponte x Aparecidense, prestou consultoria ao Paysandu no caso. O advogado que representará o clube paraense no STJD será Michel Assef Filho

— André Hernan (@andrehernan) September 10, 2019

SÓ A ANAF DEFENDE VUADEN

Após a repercussão nacional, apenas a pouco conhecida Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (ANAF) defendeu a atuação de Leandro Vuaden, chegando até mesmo a emitir uma nota criticando o ex-árbitro Sandro Meira Ricci, que analisou o caso e mostrou que não houve pênalti algum.

 

Ricci não está sozinho, pelo contrário. Em programas esportivos, outros comentaristas esportivos e de arbitragem foram unânimes em relatar que Vuaden errou ao marcar o pênalti para o Náutico faltando apenas 30 segundos para o fim do jogo -  e acesso do Paysandu.

Veja alguns dos posicionamentos favoráveis ao Papão:

Jogo decisivo na Série C. que foi esse pênalti que Leandro Vuaden deu para o Náutico, contra o Paysandu? Com essa penalidade o jogo teve o placar igualado e, na disputa de penais, o time do Recife subiu para a Série B. Revoltante para o torcedor do Papão pic.twitter.com/AN0czdT7L2

— Mauro Cezar (@maurocezar) September 9, 2019

Náutico despacha o Paysandu nos pênaltis e vai jogar a Série B. Mas o pênalti que o Vuaden deu para o Timbu, aos 49 do segundo tempo, é das marcações mais absurdas que já vi em toda a minha vida... Assistam e me digam o que acharam.

— André Rizek (@andrizek) September 8, 2019

O Paysandu reclama desse pênalti com toda a razão.

Cabeçada do companheiro.

Distância curta.

Jogador cuidando do braço.

Braço recolhido, sem aumentar área de atuação.

Bola saindo da área e não indo para o gol.

O Vuaden dar esse pênalti é um absurdo. https://t.co/lclXVTx2uT

— YouTube: Canal do VSR (@vitorsergio) September 8, 2019

Que absurdo esse pênalti pro Náutico. Vuaden, esse só piora. Paysandu extremamente prejudicado. Uma vergonha. https://t.co/j1ZqKgPMBI

— Guilherme Moreira (@gui__moreira) September 9, 2019

Vuaden simplesmente liquidou com o Paysandu. Em um lance jogou no lixo todo o planejamento, investimento e toda dedicação do clube pra subir à Série B. Náutico, por sua vez, deve erguer uma estátua pro Vuaden. Penalti absurdo marcado aos 49 do segundo tempo.

— Rafael Colling (@rafaelcolling) September 8, 2019

RELEMBRE PONTE X APARECIDENSE

A polêmica começou quando o atleta Hugo Cabral, em posição ilegal, aproveitou rebote e empurrou para as redes. O auxiliar Samuel Oliveira da Costa (CE), responsável pela jogada, não levantou a bandeira, e o árbitro Leo Simão Holanda (CE) validou o gol. A partir daí, os jogadores da Aparecidense começaram a pressionar a arbitragem, e a partida ficou paralisada por quase 16 minutos.

Durante esse tempo, diversas pessoas que não estão autorizadas entraram em campo e conversaram com a arbitragem. A Ponte alega que o delegado Adalberto Grecco, que é de Goiás, passou alguma informação ao auxiliar Samuel Oliveira da Costa, quando os dois têm um rápido contato à beira do campo.

Sete minutos depois do gol, a arbitragem voltou atrás e decidiu anular o lance, marcando impedimento de Hugo Cabral. No dia seguinte, o presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Coronel Marcos Marinho, anunciou a suspensão do trio por erros técnicos e de procedimento.

Após análise, a partida entre Aparecidense e Ponte Preta foi anulada. Em julgamento realizado em fevereiro na sede da OAB em Fortaleza, os auditores do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) aceitaram o recurso do departamento jurídico da Macaca e cancelaram o resultado o jogo válido pela primeira fase da Copa do Brasil.

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