O Paysandu, finalmente, figurou no G-4 do Grupo A da Série C do Brasileiro. Os bicolores, fora de casa, venceram o Floresta-CE por 2 a 0, no último domingo (27), e chegaram aos oito pontos somados em cinco jogos na competição nacional. Apesar do resultado positivo, o Papão, mais uma vez, saiu de campo devendo um bom desempenho.
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A equipe do técnico Vinícius Eutrópio possui um esquema tático definido no 4-3-3, utilizando sempre três volantes. Isso fortalece o sistema defensivo bicolor – não é à toa que o Lobo chegou ao terceiro jogo sem ser vazado na competição –, no entanto, afeta a produtividade do ataque Alviceleste. O jogador mais regular do meio de campo é Bruno Paulista, que possui o melhor passe, visão de jogo e bom chute de longa distância, todavia, ele é o mais recuado dos três atletas que atuam no setor.
Os blocos do Papão são lentos, principalmente quando trata-se de transição ofensiva. Hoje, o maior problema é justamente a falta de vida inteligente no meio de campo. Sem um camisa 10 clássico para organizar o jogo e criar as chances de gols para os atacantes, os bicolores apresentam muitas dificuldades para impor o seu ritmo de jogo, demonstram rendimentos sempre acompanhados de críticas e veem o adversário dominar, muitas vezes, as ações da meiuca.
"As vezes, por mais deficiente que a equipe seja, tem vitória que faz a matemática se torna mais importante que a performance". Essa frase foi dita por Paulo Bonamigo, técnico do Clube do Remo, maior rival do Papão, após tropeço em casa contra o Vitória-BA, pela Série B do Brasileiro. Isso gera questionamentos, principalmente por parte da torcida, que quer ver a equipe atuando bem, pois assim é ter certeza de que o elenco vai buscar voos maiores nas competições, ao invés de contar com a sorte e vencer um jogo. Vão sempre depender de eventualidades?
O Papão sofre em todos os setores, sendo o defensivo o mais regular deles. Na partida contra o Lobo da Vila Manoel, os bicolores só vieram melhorar depois da entrada do meia Rui. Longe de ser o "camisa 10" que o Paysandu precisa, mas a introdução do jogador fez a equipe começar a criar as melhores chances, dominando as ações do meio de campo e construir o placar – "ah, mas o Floresta estava com um jogador a menos" – e mesmo assim os paraenses seguiam sem criar e com dificuldade nas articulações antes de Rui.
O resultado foi construído e os três pontos vieram na bagagem. Agora, o duelo será contra o Santa Cruz, em Recife, que ocupa a última colocação da chave, com somente três pontos somados e sem vencer na competição. Eutrópio deverá repetir a formação da última partida, mudando apenas Jhonnatan por Paulinho. Ou seja, o Lobo vai entrar novamente em campo sem um homem responsável por criar as jogadas para Nicolas, Marlon e Robinho (Luan pede passagem, hein?!).
Veremos novas dificuldades? Provavelmente, sim! Os bicolores vão conseguir mais uma vitória fora de Belém? Não sabemos! O fato é que o torcedor quer sempre o triunfo do clube de coração, no entanto, a exigência por boas atuações também são feitas e quem precisa resolver isso é Vinícius Eutrópio, a comissão técnica e os seus comandados.
O Lobo segue a preparação para o duelo contra os pernambucanos. A equipe tem mais uma semana para testar, quem sabe, uma nova formação e melhorar o seu jogo, deixando-o mais compactado. E se Marlon pintasse à frente dos volantes, auxiliando Nicolas e Luan, torcedor? Este último fez em 29 minutos muito mais que Robinho em 12 jogos. Uma equipe mais leve e encorpada pode trazer um bom desempenho e consequentemente mais vitórias. Descobriremos isso com o decorrer da temporada. Caso consiga o acesso com baixo rendimento, ótimo, Papão! Mas não sabemos que a competição exige muito mais.
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