O Clube do Remo teve uma péssima derrota nesta sexta-feira (06), pela Série B do Brasileiro. O revés para o Operário dentro do Baenão não foi normal pelo que houve no jogo. Primeiro porque a equipe paranaense ficou com um a menos desde os 4 minutos do primeiro tempo e segundo por causa do desempenho azulino no restante da partida. Com uma apresentação pífia, o técnico Felipe Conceição se mostrou bastante irritado.
"Fizemos o pior jogo desde a minha chegada. Isso ficou nítido. Nossa equipe não conseguiu produzir. Não foi por causa da expulsão que a equipe caiu de rendimento, achando que a qualquer momento iria fazer o gol, não. Não fizemos uma boa partida. Erramos muito. O time do Operário, apesar de não construir nada em termos de jogadas ofensivas, trabalhadas, era perigoso em contra-ataques e bolas paradas. Eles vieram para jogar por uma bola e nós avisamos antes que seria um jogo assim. Eles sabem se defender e jogam assim fora de casa. Infelizmente não estávamos em um bom dia, erramos muitas coisas e aconteceu. Foi bom ter acontecido agora para que a gente possa mudar algumas coisas e que sirva de lição", explicou.
Mesmo com a vantagem numérica dentro das quatro linhas, o Remo não conseguiu furar o bloqueio do Fantasma, que estava bem postado com seus blocos recuados e buscava surpreender nos contra-ataques e em bolas de faltas e escanteios alçados na área. Felipe Conceição explicou para o torcedor azulino, no seu ponto de vista, o que aconteceu no duelo.
"O adversário, quando baixa as linhas e tira um pouco da velocidade do jogo, naturalmente faz a gente perder um pouco do dinamismo que se tem habitualmente. Mas mesmo assim nós erramos muito. Era para ser um jogo muito controlado por nós, que não tivéssemos tantas chances, mas que controlássemos a partida para ir construindo a vitória aos poucos. Infelizmente tivemos momentos de precipitação, momentos que não tivemos a paciência necessária para girar a bola e entrar na hora certa. O tempo foi passando e o nervosismo ficou todo do nosso lado. Serve de lição para que em uma próxima vez, quando estivermos nesta situação, a gente aja de maneira diferente", declarou.
Ao longo do confronto, os remistas estiveram com a posse de bola, mas pouco criaram. Os números finais da partida apontaram o Leão com 469 passes contra 170 do adversário. Nas finalizações, 14 a 6 para o Filho da Glória e do Triunfo, no entanto, com apenas duas indo na direção do gol de Simão. Na posse de bola, outra goleada: 74% a 26%. Apesar de tudo, nada disso adiantou, já que não conseguiram transformar em vitória.
"A gente demorou para criar situações de gols no primeiro tempo. Um pela morosidade, pela falta de ritmo (falta de ritmo?) e também pela quebra de jogo que o adversário fez. Eles vieram para fazer uma partida de bolas longas, bolas paradas, quebrando o ritmo do jogo, seja em faltas ou tiro de meta.. enfim. O goleiro deles fez bastante cera e nós entramos nesse jogo deles. Não tivemos a paciência e maturidade para crescer durante a partida, para controlar mais o jogo. No intervalo, até pedimos para entrarem primeiro no campo adversário, usando bem os lados, para depois voltar pelo meio, pois iam bloquear esse setor. Até chegamos mais que no primeiro tempo, mas mesmo assim eles foram mais vivos no jogo e acabaram achando uma bola. Houve merecimento, é bom frisar, pois lutaram com um a menos e mereceram a vitória", disse.
O Operário foi quem mais levou perigo ao longo da partida. Vinícius fez duas defesas importantes, a trave salvou em uma outra. Pelo lado paraense, Rafinha foi quem mais esteve próximo de marcar. Acertou um chute na trave também e outro tirando tinta. Felipe Conceição disse que sabia que o adversário vinha para aproveitar os erros da sua equipe. Vidente? Aconteceu!
"Foram desatenções. Talvez, por causa da expulsão. Virar algumas bolas, perdê-las, gera uma situação para o adversário que está jogando por uma bola sem muita responsabilidade, que era toda nossa em construir uma vitória, de construir jogadas ofensivas. Eles estavam jogando só no nosso erro e conseguiram, em alguns momentos, criarem situações de gol. Era um jogo perigoso, eles estão acostumados a jogar desta maneira e infelizmente fizemos o pior jogo desde que eu estou aqui", finalizou.
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