Mais uma vez o torcedor do Paysandu não teve paz com a atuação da equipe pela Série C do Brasileiro. Desta vez, a pior das derrotas. Na tarde desta segunda-feira (13), o Papão foi goleado por 5 a 1 para o Ferroviário-CE, que possuía, até então, o pior ataque da competição, tendo marcado apenas oito gols ao longo de 15 jogos.
O resultado não tirou a equipe de Roberto Fonseca da vice-liderança, mas deixou o grupo mais embolado. O treinador falou sobre o vexame.
- Sete times brigam pelo G-4 no Grupo A da Série C. Veja quem enfrenta quem:
"Você sempre precisa tirar lições, tanto em vitórias como em derrotas. Principalmente com essa dolorida como a de hoje. Foi uma partida onde nada deu certo. Fizemos as substituições e não tínhamos outro caminho a não ser buscar o resultado, pelo menos o empate ou minimizar a derrota. Perdemos dois jogadores e terminamos a partida com dois a menos em campo. É procurar juntar os cacos, trabalhar o que vínhamos fazendo para poder pensar em classificação", destacou.
A derrota sem dúvidas mexe com a moral do elenco. No entanto, o Paysandu ainda possui grandes chances para chegar ao quadrangular final da competição nacional. Restam duas partidas para o término da classificatória e o próximo desafio será contra o Altos-PI, que está em sétimo com 21 pontos, três a menos que o Lobo. Fonseca falou sobre a situação e da confiança nos jogadores.
"É preciso levantar o astral dos jogadores. A derrota dessa maneira é dolorida e até hoje estaremos sentindo. A partir de amanhã temos que refazer as coisas e levantar a moral, pois são esses jogadores que nos levarão à classificação. Então temos que trabalhar esse ponto. Foram eles que nos levaram às vitórias nos jogos anteriores, à vice-liderança. Teremos um jogo decisivo contra o Altos", enfatizou.
Grupo Embolado:
"Todos que estão na briga com a gente perderam e nos mantivemos no mesmo lugar. Serve de alerta, pois a nossa chave está muito embolada. A classificação está perigosa, nas duas partes da tabela, pois todos estão brigando por seus objetivos. Acredito que tem o lado positivo, pois nos mantivemos na mesma posição, mas tem que servir de alerta, pois precisamos de pontos para chegar ao quadrangular", comentou.
Sistema Tático:
Quem acompanhou a partida, viu o Paysandu perdido. O treinador escalou a equipe no 4-4-2, com Ruy e João Paulo, que não jogava desde o dia 25 de julho, responsáveis pelas criações das jogadas. Victor Sallinas, que foi muito bem contra o Santa Cruz, foi infeliz nos dois primeiros gols do Ferrão. No mais, uma equipe lenta em todos os sentidos, sem transição e espaçada.
"Sempre falo sobre a compactação. Todos os setores são importantes. A defesa acabou sendo prejudicada. Não tivemos nosso primeiro homem de marcação. Tivemos que usar o Jhonnatan. Acabamos perdendo dois ou três jogadores para esse jogo. Tivemos um meio de campo mais leve e automaticamente com uma marcação menor. Claro que tudo foi uma somatória. Todos os setores perderam. Um acabou fazendo com que a consequência do outro sobrecarregasse e a derrota foi nos imposta".
Os caras não venciam há sete jogos, professor:
"Temos que cobrar o nível de concentração. Por exemplo, contra o Santa Cruz, onde precisávamos, estávamos com a concentração lá em cima, ligados, pilhados. Hoje, talvez tenhamos entrado achando que o jogo seria mais fácil. Durante a semana batemos nos pontos fortes e mostramos o que pode acontecer contra o adversário, com estreia de treinador, jogando em casa, com a necessidade de ganhar. Tínhamos a obrigação de entrar mais concentrados e talvez faltou um pouco disso. Serve de alerta para que em outros jogos possamos estar cobrando esse tipo de comportamento", finalizou.
*O DOL enviou perguntas ao treinador, uma delas sobre o motivo da escalação de João Paulo, mas não saíram na coletiva. Procuramos o treinador, que preferiu não comentar.
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