Técnico do Paysandu admite não ter sido feliz nas alterações

Empatar fora de casa em um quadrangular pode ser considerado um bom resultado. No entanto, empatar como mandante é algo que não é tão bom assim. Dessa forma se sente o torcedor do Paysandu após as duas primeiras rodadas da Segunda Fase da Série C do Brasileiro, depois de dois 0 a 0 contra Criciúma, em Santa Catarina, e Botafogo-PB, em Belém.

“Sempre que não vencemos em casa, o lugar que temos que nos impor, jogar e ganhar, é claro que ficamos devendo. O importante é que todos os jogadores sentiram que poderíamos ter dado mais. Teríamos que ter vencido, pois é sempre a busca dentro de casa. Estamos com seis jogos em casa. Ganhamos quatro, empatamos dois. Temos feito nosso dever, ainda mais agora com o nosso torcedor em campo”, disse o técnico Roberto Fonseca.

O Papão não mostrou um bom jogo para o seu torcedor, que voltou após 18 meses e 21 dias a frequentar o estádio. Roberto Fonseca também não foi feliz nas mudanças no decorrer do segundo tempo, quando precisava de resultado e colocou Jhonnatan, Paulinho e Ruy, três jogadores lentos que não vivem suas melhores fazes. Questionado sobre o assunto, ele consentiu que os atletas não tiveram uma boa noite.

“Depende. Cada um tem um ângulo de ver. Tivemos um problema com a entrada improvisada do Ratinho. Tivemos que revitalizar os jogadores. Acredito assim, sempre estamos fazendo trocas e conseguindo melhorar. Infelizmente hoje não foi uma noite boa dos jogadores que entraram, mas faz parte. Temos que continuar melhorando para poder buscar a classificação”, comentou.

O próximo adversário será o Ituano, que perdeu na rodada dentro de casa para o Criciúma e segue agora ocupa a vice-liderança do grupo com três pontos somados, já que venceu o Botafogo-PB no primeiro jogo. Roberto Fonseca destacou que nenhum time venceu até agora como mandante, mas entafizou que é preciso continuar sempre buscando os três pontos.

“É uma equipe conseguiu uma vitória fora e perdeu em casa. Está sendo a tônica no grupo. Não tivemos nenhuma vitória de mandantes. As vitórias foram fora. Jogos difíceis, equipes competitivas. Enfrentaremos o Ituano desta maneira. Tanto lá, como aqui, iremos disputar contra o Ituano seis pontos e precisamos fazer o nosso dever. Temos que buscar sempre a vitória, independente se estaremos com torcida ou não”, destacou.

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Dos seis pontos disputados, o Papão ganhou apenas dois, ficando com um aproveitamento de 33,33%. Restam 12 pontos em disputa e, pelo menos, mais uns sete precisam ser conquistados para conquistar o acesso. Ou seja, os bicolores precisam ter um desempenho de 58,33% nas próximas quatro partidas para conquistarem o acesso à Segunda Divisão Nacional.

“Claro que é muito melhor ter dois empates que apenas uma vitória. No quadrangular você precisa estar tirando pontos dos adversários, porque na hora que a vitória vier, você pode fazer a diferença. Normalmente com duas vitórias e três empates você acaba subindo. Então, temos que saber que tudo isso pode acontecer. Não temos como escolher começo, meio ou final desses jogos”, enfatizou.

O Paysandu assustou o goleiro Felipe uma única vez, aos 16 minutos de jogo, quando Denílson cabeceou e o goleiro do Belo defendeu com uma mistura de tempo de reação e susto. José Aldo esteve aquém do esperado e do que já foi visto dele em outros jogos. Ruy entrou e pouco acrescentou. Os atacantes pouco produziram nas poucas situações que as bolas chegaram.

“O adversário foi cirúrgico e estudou bem a nossa equipe. Não tivemos criatividade como vínhamos tendo aqui dentro de casa. Como já disse, temos em seis jogos e sempre passamos pelos adversários. Hoje, infelizmente, teve um milagre do Felipe, no cabeceio do Denílson. Temos que continuar com personalidade e, principalmente, com o apoio do nosso torcedor. Temos que jogar juntos para que possamos conseguir o acesso”, ponderou.

Ao longo da temporada, o Paysandu não empolgou seus torcedores com suas apresentações. No entanto, a esperança por dias melhores não se perde. É a hora do Lobo mostrar sua fome e deixar os advesários para trás. Caso não aconteça, o Papão vai amargar seu quarto ano seguido na Série C do Brasileiro, algo que não acontecia desde 2008-2011.

“Em final de temporada, é o momento de você chegar ao seu ápice. Acredito que estamos em um momento bom. Em quatro ou cinco partidas conseguimos resultados importantes. Está faltando a vitória no quadrangular. Acredito que estamos atingindo o ápice. Esse é o momento que a gente tem. É o melhor momento para estar bem para que a gente possa ter a força total dentro desse quadrangular”, finalizou Fonseca.