A temporada de 2021 para o Paysandu, mesmo com o bicampeonato paraense, está a um passo de terminar da pior forma possível, assim como as últimas duas: com o insucesso na Série C do Brasileiro. É verdade que o Lobo ainda tem possibilidades de conquistar o acesso – tendo ainda 4,9% segundo o site Chances de Gol –, mas precisaria controlar toda crise que rodeia a Curuzu, vencer os dois próximos jogos (contra rivais mais organizados e motivados) e contar com combinações de resultados das outras partidas.
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O Papão suspendeu todas as entrevistas por tempo indeterminado, depois de uma decisão conjunta entre atletas, comissão técnica e direção, logo após a invasão de campo ocorrida no último sábado (24), ocasionada pela goleada sofrida por 4 a 1 para o Ituano, dentro do Vovô da Cidade. Vale destacar que a assessoria de comunicação do clube disponibiliza informações sobre os treinos, fotos e notícias selecionadas.
O motivo da decisão bicolor é válido, pois a violência no futebol e em qualquer outro meio da sociedade é intolerável. No entanto, os torcedores e os sócios-torcedores, assim como os profissionais da imprensa querem respostas. Os responsáveis pela segurança de todos em dias de jogos na Curuzu, pelas contratações de atletas, pelo planejamento geral da temporada, entre outras coisas, é da alta cúpula bicolor.
O Paysandu vai terminar a temporada de 2021 sem executivo de futebol, assim como vai encerrar o ano sem técnico, após três terem passado pelo Covil do Lobo. O que aconteceu para nenhum dar certo? Ninguém fez o Esquadrão de Aço entregar o esperado, nem mesmo no Parazão, onde o nível técnico e investimento dos adversários, com exceção do Remo, são inferiores, e o que se vê é uma equipe sem vontade de vencer, sem vibração e sem honrar a camisa. "Ah, se tivesse um Sandro Goiano no time".
Quais os critérios usados para contratar jogadores acima dos 35 anos ou que estão há meses parados? Por que contrata atletas que não chegam para serem titulares, como é o caso de William Fazendinha e Alan Cardoso, por exemplo? Nenhum dos três treinadores que estiveram na Curuzu agradaram. Qual o motivo? Como irá ficar a situação financeira no clube com tantos acordos e demissões? A torcida e aqueles que acompanham o dia a dia do Papão precisam de respostas. Ninguém de fora montou esse planejamento que está levando o clube para o quarto ano consecutivo na Série C do Brasileiro.
Os problemas não são novos e já são recorrentes de temporadas passadas, basta relembrarmos, por exemplo, a turbulenta saída do técnico Hélio dos Anjos, que teve atritos com o antigo executivo bicolor Felipe Albuquerque e o então presidente, Ricardo Gluck Paul. Mas isso é um assunto para no futuro abordarmos por aqui.
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