O técnico Eduardo Baptista foi apresentado oficialmente como novo técnico do Clube do Remo neste sábado (13), a dois dias da partida contra o Goiás, pela antepenúltima rodada da Série B do Brasileiro. O treinador agradeceu a confiança da diretoria azulina ao seu trabalho e revelou seu anseio para encontrar com o Fenômeno Azul. Ele pediu para a torcida apoiar até o fim.
“Agradeço ao presidente, ao Clube do Remo e já falo sobre a ansiedade de encontrar essa torcida. Já vim jogar algumas vezes contra e sei do peso dela e agora, mais do que nunca, ela vai ter que jogar junto com a gente. Não têm que vir torcer segunda-feira, tem que vir jogar, apoiar para que possamos atingir nossos objetivos, conseguir o que queremos e ir atrás de novos objetivos”, destacou.
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Eduardo tem contrato com o Mirassol e chegou por empréstimo ao Leão Azul. Ele contou o que o motivou a assumir o comando técnico azulino, disse ter se surpreendido com a estrutura atual do clube paraense e voltou a frisar a importância do torcedor jogar junto com a equipe na partida diante do Esmeraldino. Para completar, disse já ter estudado a sua equipe e que mudanças acontecerão.
“Desafios difíceis temos vários. O que está à nossa frente é sempre o mais difícil, mas temos ciência de que é possível. O Remo é um grande clube, vem se repaginando. Fiquei surpreso com a estrutura. Estive aqui há dois anos, quando viemos treinar para jogar a Copa do Brasil contra o Bragantino. Fiquei espantado (pela mudança). O Mirassol é um clube de pessoas sérias e vi a imagem deles nas pessoas que aqui encontrei. É um desafio grande, com uma enorme, importante e que merece melhores resultados. Vamos trabalhar para fazer com que tudo isso aconteça. Temos que ter um jogador a mais. As preferências de jogadores, de esquemas, precisam ficar de lado. Estamos a 48 horas do principal jogo do Remo neste ano. Que a torcida venha para apoiar. Estudei o Remo de todas as maneiras e tomarei as decisões necessárias. Que o torcedor entenda e empurre a equipe do primeiro ao último minuto, jogando a gente para cima do Goiás, para que possamos pressionar”, enfatizou.
O novo treinador revelou que um dos motivos que o fez aceitar o convite foi já ter trabalhado com alguns jogadores do elenco, além de conhecer outros como adversários. Feito o estudo dos jogos, disse já conhecer um pouco os demais atletas e que agora é preciso entender o interior de cada um para que possa dar sequência nas avaliações que o farão determinar os escolhidos para cada partida..
“Aceitei o desafio porque um 1/3 dos atletas do Remo passaram por mim. Neto Moura, Felipe Gedoz, Romércio, Wellington Silva, Rafinha, entre outros. Conheço outros que são rodados, por estar enfrentando-os anualmente. É um time experiente. Desde que aceitei o convite do Remo, assisto os jogos. Vi cinco e estudei. Mesmo os atletas que não conhecíamos, conseguimos conhecer um pouco. Agora é conhece-los em sua alma, nos seus sentimentos para que consigamos fazer um grande jogo na segunda-feira”, ponderou.
Estreia pelo Leão:
“Vejo que é o melhor adversário (Goiás) que poderíamos ter. É um time bom. Falo que se montarem dois times lá, ambos brigam pelo acesso. É uma equipe de alta qualidade técnica e qualificada. Em jogos assim, não preciso estar cobrando concentração dos nossos atletas. Prefiro jogos grandes, jogar contra os melhores para ter uma equipe motivada. Respeitamos o Goiás que tem atacantes que fatalmente estarão na Série A do ano que vem, ou pelo próprio Goiás ou por outro time. Será um adversário que o Remo vai se impor e se Deus quiser conseguir a vitória”, comentou.
Tempo curto de trabalho:
“O Remo, como outros clubes do norte e nordeste, sofre muito com a logística. Conversando com os profissionais, é um time sofrido pelas viagens, pois viaja o dobro que um time do Rio de Janeiro e que um de Goiânia, por exemplo. Chegamos com tempo para trabalhar entre um jogo e outro. Temos 12 ou 15 dias para fazer três jogos (esqueceu da Copa Verde?). É um tempo suficiente para que possamos passar a mensagem, recuperar fisicamente os atletas e conseguir os resultados. Com dois jogos em casa, com uma viagem mais curta entre elas. O tempo ou falta de descanso não será problema para nós”, disse.
Gedoz e o DM:
“Eu conversei com o departamento médico e alguns jogadores ainda são dúvidas. O Gedoz trabalhou comigo no Athletico Paranaense. Tem um poder de definição como poucos. Ele tem uma boa finalização, de qualquer setor do campo ofensivo. Se ele não jogar, vai fazer muita falta. Mas vamos deixar o departamento médico trabalhar. Ainda temos dois dias. Vou conversar com ele para saber as condições para ver se o utilizamos o mínimo possível ou, se estiver bem, o tempo todo”, explicou.
Contrato com o Mirassol:
“Tenho contrato com o Mirassol até o final do Campeonato Paulista. Isso foi conversado. Os clubes conversaram entre si. Eu tenho apalavrado até o final do Paulista, mas é pensar nos compromissos aqui do Remo. Temos esses objetivos para cumprir o mais rápido possível. Sou esportivo e gosto de ser campeão. Temos cinco jogos de um título e gosto de estar mirando. Não é nosso principal objetivo. O principal é a permanência na Série B. Depois que cumprir, eu vou ter que voltar. Não posso ficar, mas quero deixar um legado, a porta aberta, para um dia voltar e fazer o planejamento”, finalizou.
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