Foram 17 finalizações, mas apenas quatro em direção ao alvo. Certamente a baixa eficiência ofensiva do Clube do Remo foi o principal fator para sair derrotado por 1 a 0 para o Goiás. O revés dentro do Baenão deixa os azulinos em maus lençóis na competição, e o risco de rebaixamento aumentou. Consciente do problema, o novo treinador Eduardo Baptista lamentou os erros nas conclusões das jogadas.
- Torcedores do Remo brigam fora do Baenão após nova derrota
"O que não funcionou é que a bola não entrou. A estratégia no primeiro tempo de subir a marcação, de ter intensidade, nas chegadas pelos lados, com a dobra, tudo foi feito. Acho que algumas escolhas, na hora que chegou ao último terço, na finalização, cruzamento, faltou caprichar. A postura da equipe foi boa, principalmente no primeiro tempo e início do segundo. Tivemos chances de gols. Foi uma noite muito feliz do Tadeu. No jogo, ao meu ver, o Remo foi muito superior ao Goiás que se limitou a marcar e esperou o nosso erro. Infelizmente, aconteceu o gol. Temos que ter tranquilidade nas conclusões, no último passe. Conseguimos chegar, empurrar eles para trás, tirando o jogo deles com a bola. Mas temos que fazer o gol, colocar a bola para dentro para ter mais tranquilidade no jogo", destacou.
Restam duas rodadas para o fim da Segunda Divisão Nacional. O próximo adversário é o Vasco da Gama, no Rio de Janeiro. Mesmo com os cariocas não possuindo mais chances de acesso ou de rebaixamento, deverá ser um jogo complicado pela tradição do adversário. Eduardo Baptista quer corrigir os erros da partida contra o Goiás para surpreender em São Januário, mas elogiou nova postura do Leão.
"Temos que trabalhar. Com dois dias de treinamento mostramos uma postura diferente, aguerrida, com intensidade. Eu muito pouco pude fazer em termos de treinamentos. Agora, com mais tempo, é conversar. Foi uma partida de entrega, onde os jogadores se doaram, buscaram fazer o que treinamos. É trabalhar, ir a campo, conversar, mostrar o vídeo do jogo e corrigir para que possamos conquistar os pontos necessários", enfatizou.
Jogando em casa e com o apoio do seu torcedor, o Remo teve mais presença ofensiva, procurou mais o gol que o Goiás no primeiro tempo, mas estava ansioso e afobado, confundindo velocidade com pressa. Errou muitos passes e tomou decisões precipitadas na última bola. Um erro foi crucial para a nova derrota na Série B.
"Nós erramos! Quando se joga com um time como o Goiás, que briga para subir, que tem um investimento muito alto e com jogadores de qualidade, você tem que fazer o que fizemos no primeiro tempo. Encurralamos eles, marcamos em cima. Criamos situações de gol. Mas é preciso fazer. Tem que marcar. Se isso não acontecer, ficamos sujeitos a errar uma bola, como aconteceu, e acabar sendo punido com a derrota. Acho que é caprichar no último terço, fazer as melhores escolhas para fazer os gols. A equipe criou e o Tadeu fez três defesas que desequilibraram", ponderou Baptista.
Estratégia e alterações:
"Nossa estratégia no segundo tempo era manter a intensidade, e conseguimos até os 10 minutos. Tivemos uma grande chance com o Victor. Buscamos fazer. A intensidade do primeiro tempo nos obrigou a fazer mexidas. Alguns jogadores caíram de produção pelo volume e intensidade que apresentaram. Quando fizemos as mexidas, tomamos o gol. Tentamos dar uma intensidade e qualidade maior de passe para ganhar o jogo, mas depois das mexidas fomos punidos. Infelizmente, o Matheus, que vinha fazendo uma grande partida, saiu com uma dor muscular. O Kevem sentiu. Como não havia necessidade de colocar um zagueiro pelo Goiás está atrás, coloquei mais um na frente para tentar o gol", finalizou.
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