Adelcio Torres se manifesta sobre saída da FPF

O futebol paraense vive a expectativa de iniciar mais uma temporada repleta de competições e que promete fortes emoções. Dentro dos próximos dias, começa mais uma edição do Campeonato estadual no qual todas as equipes participantes se preparam para entrar em campo. Entretanto, há também uma grande movimentação nos bastidores por conta das eleições presidenciais na Federação Paraense de Futebol.

Por conta de uma série de irregularidades que culminou com a suspensão do processo eleitoral que estava previsto para ocorrer no último dia 28 de dezembro de 2021, o então presidente da entidade, Adélcio Torres, esperava que seu mandato fosse prorrogado até a nova data das eleições, baseado no artigo 127 do estatuto da FPF, no qual relata sobre sequência automática no cargo até a escolha de uma nova direção.

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Contudo, também como é citado no artigo 22 do estatuto da entidade em que o mandatário do clube mais velho em atividade, cumprindo-lhe responder pelo expediente da Entidade e convocar a Assembleia Geral no prazo de oito dias, para imediata recomposição do poder , coube a presidente da Tuna Luso Brasileira, professora Graciete Maués, assumir - de forma interina - a presidência da FPF e também organizar todo o processo.

Por meio de uma nota divulgada para a imprensa, o então presidente e atual candidato a reeleição, Adelcio Torres, se manifestou sobre sua saída do cargo, ocorrido na noite da última quinta-feira (20). De acordo com o comunicado, o dirigente explica que a decisão de sair da presidência da Federação foi visando "unir todos em prol do melhor para o futebol do Pará".

"O presidente Adélcio Torres, em reunião com o a diretoria e o departamento jurídico, tomou a decisão de se afastar da presidência da Federação Paraense de Futebol. Adélcio Torres, tomou esta atitude em uma demonstração de caráter e responsabilidade, que terá nesta nova missão de UNIR a todos em prol do melhor para o futebol do Pará", disse.

Ao todo, três chapas disputam o comando: Adelcio Torres, atual mandatário; Paulo Romano, um dos atuais vices; E a de Ricardo Gluck Paul, ex-presidente do Paysandu. Bastidores dizem que a disputa está entre Adelcio e Gluck Paul. Com a chegada de Graciete Maués ao comando da entidade, ela tem - além de convocar as novas eleições - assinar o convênio de patrocínio do Campeonato Paraense com o Banpará e Funtelpa, na temporada de 2022.

"Conforme o regimento do estatuto da FPF, o clube mais antigo é quem assume as rédeas da FPF, com a finalidade de promover a eleição e assinar o contrato de fomento entre o Governo do Estado, Banco do Estado do Pará, Funtelpa e a FPF. Desta forma, a presidente da Tuna, Sra. Graciete Maués, tomará posse nesta próxima segunda-feira (24), às 15 horas na FPF, com a diretoria e o departamento jurídico da FPF. E também neste mesmo dia, as 19 horas, assinará o Convênio com o Governo do Estado, Banco do Estado do Pará e a Funtelpa", finalizou a nota.

Entenda o Caso:

Quando Adelcio Torres assumiu a Federação Paraense de Futebol (FPF), após o Coronel Nunes ir para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), ele foi reeleito em 2017. Diante disso, a Liga Marapaniense de Desporto resolveu entrar com a impugnação da chapa do atual presidente, alegando que ele não pode se candidatar novamente, por causa que seria a segunda recondução, o que não é permitido pelo estatuto.