As eleições presidenciais da Federação Paraense de Futebol (FPF) seguem sem uma definição de data devido a um processo que se arrasta desde o dia 28 de dezembro de 2021. Na ocasião, a desembargadora Eva de Moraes, do Tribunal de Justiça Desportiva do Pará (TJD-PA), acatou as ações movidas pela Liga de Castanhal e pela chapa "Futebol de Primeira". A consequência é um imbróglio que envolve a cúpula da entidade e seus afiliados.
Mesmo a presidente interina da FPF, Graciete Maués. tendo informado que a disputa seria dia realizado no último dia 15 de março, todo o processo será novamente alterado. A mudança ocorre devido ao atraso no cumprimento dos prazos pela comissão eleitoral, no qual se espera que as novas datas sejam divulgadas nesta sexta-feira (18).
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Pelo atraso e toda a confusão que envolve o pleito, cerca de 60 representantes estiveram na tarde desta quinta-feira (17), em frente a sede da Federação, para realizar uma manifestação visando a definição imediata da eleição na entidade máxima do futebol paraense. Na ocasião, eles tentaram entregar à presidente interina uma pauta de reivindicações com 56 assinaturas. Os subscritos são os presidentes presentes e representantes de Ligas com procurações, porém eles foram impedidos de entrar no local.
Em nota divulgada pelo presidente da ALIDESP – Associação de Ligas Esportivas do Estado do Pará, Ricardo Oliveira, é ressaltado que todos os manifestos são inteiramente válidos pois "possuem todo o direito de cobrar informações e providências dos seus poderes internos, entre os quais, da Presidência, sendo interina ou não", disse.
"A FPF vive um dos mais vergonhosos caos no momento de sua história: Eleições suspensas pela Justiça; manipulação do Colégio Eleitoral; indefinição no comando da entidade; certames oficiais suspensos pela Justiça Desportiva, gerando enorme prejuízos aos Clubes; suspeita de fraude na prestação de contas no ano de 2020; ausência de prestação de contas no ano de 2021; ausência de apresentação e aprovação do Orçamento do ano em exercício de 2022; desconsideração de recomendações do Ministério Público; indefinição da data de realização da Eleição para escolha da nova Diretoria da entidade, são, entre outras, mazelas que ferem esta Federação", relatou.
CANDIDATO REPUDIA TRATAMENTO AOS REPRESENTANTES DE LIGA E LAMENTA POSTURA DA FPF
Ao todo, três candidatos continuam interessados na disputa ao comando da casa do futebol paraense: Adelcio Torres, atual mandatário - e que está no comando da entidade desde o ano de 2017; Paulo Romano, um dos atuais vices; E a de Ricardo Gluck Paul, ex-presidente do Paysandu, que manifestou seu apoio as reinvindicações dos representantes das ligas.
"Registro aqui meu apoio à todos os presidentes de ligas do Estado do Pará. São pessoas honestas e comprometidas com o que fazem. Não são bandidas, tampouco marginais. Não merecem ser recebidas por seguranças e truculências na Casa do Futebol. Federação é de todos e não apenas de uma meia dúzia de pessoas que tem dificuldade de se despegar do poder. As ligas só querem ser ouvidas, valorizadas e fazer parte efetiva da Federação. Chega de tratar as ligas com desprezo, soberba e arrogância. Ninguém aguenta mais! Respeitem o interior!! Respeitem o futebol!!", criticou.
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