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É O ESPÍRITO DE PERIÇÁ

De forma inteligente e mortal, Remo mostra como jogar Re-Pa

Clássico é um campeonato à parte, mas apenas o lado azulino mostrou alma na final do Parazão

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Imagem ilustrativa da notícia De forma inteligente e mortal, Remo mostra como jogar Re-Pa camera Azulinos jogaram o Re-Pa com a alma | Silvio Garrido

Clube do Remo e Paysandu jogaram, no último domingo (3), o Clássico Rei da Amazônia de número 764 da história entre as equipes. A partida era válida pela ida da final do Campeonato Paraense de 2022 e ocorreu no Estádio Baenão, em Belém. O resultado? Para uns, inesperados, para outros, esperado por conta da alma das equipes.

O placar do confronto apontou 3 a 0 para o Leão Azul, que, conhecendo as limitações que têm, fez um jogo inteligente e preciso contra o rival. A equipe de Paulo Bonamigo vem sendo muito contestada na temporada e sempre mostrou deficiências, onde podemos dizer que chegou aos trancos e barrancos à decisão. Entretanto, os azulinos fizeram o jogo perfeito no Re-Pa.

O Lobo iniciou a temporada com grande contratações e abrindo o bolso, enquanto que o Clube de Periçá errava em vários pontos no planejamento. Liderança geral da primeira fase com o melhor ataque dava o status de "favorito" ao Papão, mesmo todos sabendo que clássico é um campeonato à parte e que "na hora do vamos ver" isso não existe.

O Paysandu "controlou" o jogo. Melhor tecnicamente, buscava ditar o ritmo. Trocava passes, mostrava boas movimentações, mas na hora de ser objetivo faltava algo a mais. É verdade que Vinícius fez três boas defesas, mas não passou disso. O Papão não teve gana no jogo mais importante do ano, até então. Faltou alma e vontade em campo. Pois clássico não se joga, se ganha!

E foi o que o Remo fez! Os jogadores azulinos entendem o que é e o que representa o duelo. O Leão de Antônio Baena esperou o Papão, pois em qualidade técnica todos sabem que os bicolores são superiores, entretanto, os azulinos foram objetivos, inteligentes, souberam jogar o Re-Pa e venceram com autoridade, colocando uma mão na taça. Agora, apenas um milagre para que o título não volte ao Baenão após dois anos longe.

Paysandu e Remo voltam a se enfrentar na próxima quarta-feira (6), no Estádio da Curuzu, em Belém, às 20h. O Lobo precisa de uma vitória por quatro gols de diferença. Os azulinos podem perder até por dois. Em caso de três gols de vantagem para os donos da casa, a final será decidida nos pênaltis. Até a manhã desta segunda-feira (4), oito mil ingressos haviam sido vendidos. O jogo terá apenas torcida alviceleste.

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