No último sábado (11), 17 mulheres, entre tripulantes e comandantes, participaram da primeira “Regata das Mulheres”, que ocorreu na sede da Associação Náutica de Belém (ANB), na Marina Pública de Belém, antigo Iate Club. O evento deu início ao calendário de regatas anual da ANB, aproveitando para comemorar o Dia Internacional da Mulher e o aniversário de 18 anos da associação.
Com 12 veleiros inscritos, o protagonismo feminino foi o destaque da competição. Com a largada da disputa iniciada por volta de 9h da manhã, a velejadora Érica Pereira, 46, comandante do barco “Fishbone”, e sua equipe, foram os primeiros a chegar ao píer da Marina. A velejadora foi campeã da expedição Recife-Fernando de Noronha 2022.
Segundo Érica, foi uma honra participar da regata. “Em outros estados, a cultura da inserção da mulher no esporte é bem mais forte. E desde o ano passado estamos promovendo, por iniciativa do diretor de Esportes Náuticos, cursos de vela, chamando as mulheres para participar. Então, o foco esse ano é expandir o esporte para o público feminino, e essa competição foi pensada para dar esse ‘start’, digamos assim. É importante estarmos inseridas em todos os espaços e esportes”, comenta.
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A campeã da semana internacional de Vela em Ilhabela, Márcia Mácola, que já foi medalha de ouro e de prata em outras competições, também marcou presença no evento. “Ressalto que a presença feminina no esporte é muito importante porque a prática nos dá segurança, e a gente pode estar onde queremos, além de sermos o que quisermos”, pontua.
De acordo com o César Mello, diretor de Esportes Náuticos e um dos organizadores do evento, a ação foi pensada no momento de elaboração do calendário anual, para executar ideias que já vinham sendo cultivadas e dar início às ações de incentivo à participação de mulheres na associação. “A regra de participação feminina nos barcos foi pensando com esse objetivo, de aproximar essas mulheres. Além disso, nossa finalidade também é valorizar o espaço, nos aproximar da comunidade e estamos com um projeto de dar aulas para estudantes de escola pública. Os troféus, por exemplo, são feitos de cerâmica, por artesãos de Icoaraci. Uma forma de valorizar o que nós temos”, afirma.
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