Apesar das três eliminações de Clube do Remo, Paysandu e Águia de Marabá na 3ª fase da Copa do Brasil 2023, todas diante de equipes da Série A do Campeonato Brasileiro, o balanço da participação paraense no torneio nacional pode ser considerado positivo.
Especialmente quando considerado o fator financeiro, uma vez que as cotas garantidas pelos quatro participantes locais somaram R$ 10.350.000. Além disso, a dupla Re-Pa ainda contou com as rendas líquidas dos jogos dentro de casa, contra Corinthians (R$ 2.2 milhões) e Fluminense (R$ 833 mil), respectivamente.
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Na atual edição da Copa do Brasil, a Tuna Luso foi o único representante paraense a ser eliminado ainda na 1ª fase do torneio, ao ser derrotada pelo CSA-AL, por 1 a 0, em partida única disputada no estádio Francisco Vasques, em 1º de março. Pela participação na etapa inicial, a Águia do Souza recebeu a cota básica de R$ 750 mil.
Por outro lado, Remo e Águia de Marabá, que superaram seus adversários nas duas primeiras etapas da competição, garantiram, cada um, três premiações consecutivas. Além das cotas de R$ 750 mil, pela presença na etapa inicial, e de R$ 900 mil, pela segunda, os dois clubes embolsaram os R$ 2.1 milhões pela classificação à 3ª fase. Atingindo, assim, a soma de R$ 3.750 milhões. O Leão Azul passou por Vitória-ES e São Luiz-RS, enquanto que o Azulão eliminou o Botafogo-PB e o Goiás-GO.
Já o Paysandu, que entrou diretamente nos duelos da fase 16 avos de final da Copa do Brasil, ou seja, as oitavas de final, por ter sido campeão da Copa Verde do ano passado, teve direito somente à premiação de R$ 2.1 milhões. Mesmo assim, uma quantia muito bem-vinda aos cofres bicolores.
NÍVEL TÉCNICO DE 3ª e 4ª DIVISÃO
Se na área financeira a participação paraense na milionária Copa do Brasil 2023 foi satisfatória, o desempenho em campo pode ser visto como uma boa medida do nível técnico do atual momento do futebol estadual. Um nível compatível com a Série C do Brasileiro, onde estão Remo e Paysandu, e da Série D, que este ano terá a participação de Águia de Marabá e Tuna Luso.
O Clube do Remo foi o último representante do Pará a entrar em campo pela 3ª fase. A equipe azulina acabou eliminada ao perder nos pênaltis para o Corinthians-SP, na Neo Química Arena, por 5 a 4, após derrota por 2 a 0 no tempo normal, na última quarta-feira (26).
No entanto, foi o time paraense que teve o melhor desempenho em campo. A vitória por 2 a 0 no jogo de ida, dominando um adversário de Série A, há duas semanas, no Mangueirão, encheu de orgulho o Fenômeno Azul, que chegou a flertar com a passagem às oitavas de final. Sonho que durou até a quinta cobrança de pênalti corintiana, convertida pelo atacante Roger Guedes.
Mais cedo, na mesma noite, o Águia de Marabá também se despediu da competição ao ser derrotado pela segunda vez pelo Fortaleza-CE (2 a 0), no Mangueirão, após ser impiedosamente goleado por 6 a 1 no jogo de ida, no Castelão. Como se diz no jargão futebolístico, "não deu nem para a saída". Fica ao menos o consolo de ter sido eliminado por uma das equipes brasileiras mais consistentes dos últimos anos, e que apresenta um futebol extremamente ofensivo e competitivo.
O mesmo pode se dizer do Paysandu, que não conseguiu fazer ao Fluminense-RJ, que é apontado pela crítica especializada como o melhor time brasileiro deste início de temporada. Na terça-feira (25), jogando no Mangueirão, o Papão voltou a ser derrotado por 3 a 0 pelo Tricolor das Laranjeiras - mesmo placar do duelo disputado no Maracanã.
A facilidade com a qual a equipe comandada por Fernando Diniz administrou o duelo foi tamanha, que o treinador ainda se deu ao luxo de poupar vários titulares nos dois jogos diante dos bicolores.
Em compensação, como de praxe, a Fiel Bicolor deu show nas arquibancadas do Mangueirão e, nas redes sociais, recebeu elogios da mídia nacional e até mesmo da torcida do próprio Fluminense. O que confirma a máxima de que o que o maior patrimônio do futebol paraense é a paixão de sua torcida.
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