A semana que passou foi de despedidas no Baenão. Sem conseguir se classificar para o quadrangular decisivo da Série C e de férias forçadas até o ano que vem, o elenco de 2023 começou a ser desmontado aos poucos. Oito jogadores já deixaram o clube, alguns inclusive se antecipando à rescisão oficial. Até a montagem do grupo para a temporada de 2024, só há a certeza de que três jogadores estarão no próximo elenco. O volante Paulinho Curuá e o atacante Ronald têm contratos por mais duas temporadas, enquanto o goleiro Vinícius fica até o fim do Parazão. O atacante Pedro Vitor está lesionado e terá o contrato renovado automaticamente, mas não se sabe se permanecerá quando estiver recuperado. Além deles, quem está garantido é quem subiu recentemente da base.
Para Ronald, será uma temporada de reafirmação. Alvo de muita esperança de boa parte da torcida azulina, ele ficou oito meses sem poder jogar do final do ano passado até o começo de 2023 por conta de uma ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, voltando aos gramados somente em fevereiro.
Dessa vez, com a expectativa de poder participar de uma pré-temporada por completo. Ficar fora desse ciclo é apontado por ele como um dos motivos para ter sofrido no início do ano com o ritmo de jogos. “A meu ver isso acabou me atrapalhando”, afirmou o jogador.
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Aos 21 anos e já com uma cobrança enorme sobre os ombros, ele garante que o fato de estar no clube desde adolescente o faz conhecer bem a forma como o Fenômeno lida com os atletas, em especial os da base. Por isso, afirma que encara com naturalidade tanto os pedidos para que entre em campo quanto as reclamações, muitas vezes exageradas, sobre os garotos que acabam de subir do sub-20.
A possibilidade do Ricardo Catalá permanecer para o ano que vem também é vista com bons olhos. Ele ressalta que o fato do treinador já conhecer o clube pode ser uma vantagem, sem falar da chance de participar da montagem do elenco. Ronald falou com exclusividade com o Bola sobre o que espera do ano que vem e do que faltou em 2023 para o Leão Azul. Confira.
P O ano de 2023 era esperado como de afirmação, mas, mais uma vez, você não teve a oportunidade de ter uma sequência no time de cima. O que você acha que faltou?
R Foi um começo de ano diferente pra mim,pela questão da minha recuperação da cirurgia no joelho, onde eu não consegui me recuperar a tempo para fazer uma boa pré-temporada, que no meu ponto de vista é muito importante, pelo fato da preparação, principalmente física, que eu preciso muito. A meu ver isso acabou me atrapalhando.
P Por outro lado, você chega mais forte para 2024, com mais experiência?
R Com toda certeza vou continuar trabalhando muito como sempre fiz para que o ano de 2024 seja um ano muito especial, de muitas conquistas. Não tenho dúvidas de que vou estar muito preparado pra ajudar no que for preciso.
P O que deu de tão errado no Remo do começo do ano para o do começo da Série C do Campeonato Brasileiro?
R Iniciamos muito bem a temporada, fazendo grandes jogos, em um nível muito bom, de intensidade e competitividade. Nós estávamos em uma crescente muito boa, e entre os jogos vieram as oscilações. Jogamos muito bem alguns jogos, mas não conseguimos os resultados positivos. Mas tudo isso vou levar de aprendizado para o ano de 2024 pra que seja um ano de títulos e o acesso.
P Existe a possibilidade da permanência de Ricardo Catalá para o ano que vem. Isso pode ser um fator positivo diante da possibilidade de reformulação total do elenco que deve ser feita para 2024?
R Com certeza. O professor já conhece muito bem o clube e isso pode ajudar muito para a formação do elenco. Tenho certeza que se ele ficar vai nos ajudar demais em toda a temporada, em todos os aspectos.
P Como é a relação com a torcida, porque ao mesmo tempo em que ela pede mais chances para o jogador da base, ela é a primeira a cobrar mais dos atletas locais?
R Cara, como eu costumo dizer sempre, a torcida tem todo direito de cobrar de ambas as partes. Jogar no Remo é uma responsabilidade muito grande, e sempre vai existir muita cobrança. Todos nós que viemos da base vamos sempre ter que dar algo a mais para podermos corresponder às oportunidades que recebemos.
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