Em um cenário esportivo marcado pela rivalidade intensa, a violência entre torcidas organizadas tem gerado preocupações crescentes. Os episódios de conflito não apenas afetam a atmosfera dos jogos, mas também demandam uma reflexão profunda sobre a responsabilidade dos torcedores e das autoridades na promoção de um ambiente seguro e pacífico.
Nesse sentido, a briga generalizada entre torcidas organizadas, registrada nos arredores dos estádios da Curuzu e do Baenão, em Belém, trouxe mais uma vez à tona os desafios de conter a violência ligada ao futebol. Na manhã desta segunda-feira (30), o Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) tomou uma decisão importante envolvendo 239 torcedores presos durante os confrontos. A Justiça determinou a soltura de 216 pessoas, mas manteve a prisão de 23 indivíduos, considerados envolvidos em crimes mais graves.
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A decisão foi proferida pelo juiz Heyder Tavares da Silva Ferreira, da 1ª Vara de Inquéritos Policiais e Medidas Cautelares de Belém. O confronto, que ocorreu entre torcedores do Paysandu e do Sport-PE, na última segunda-feira (23), marcou um momento tenso nas proximidades dos estádios de Clube do Remo e Paysandu, exigindo rápida intervenção da polícia para conter a situação. A análise do tribunal levou em consideração as circunstâncias e antecedentes dos envolvidos, resultando na liberação de grande parte dos detidos.
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Para os 216 torcedores soltos, o tribunal impôs medidas cautelares rigorosas, incluindo a proibição de comparecer a eventos esportivos por um ano e a obrigação de se apresentarem em unidades policiais em dias de jogos. Segundo o juiz, essas medidas são essenciais para manter a ordem pública e evitar a reincidência em atos violentos. "Além das medidas cautelares diversas da prisão, o afastamento dos investigados dos estádios de futebol também se mostra necessário, ao menos por ora, para garantir a ordem pública e prevenir a prática de novos delitos relacionados ao futebol", explicou o magistrado, em sua decisão.
PRISÕES PREVENTIVAS
Por outro lado, os 23 torcedores que seguem presos são acusados de envolvimento em crimes mais sérios, como associação criminosa e lesão corporal. A decisão do TJPA destacou que essas prisões preventivas são fundamentais para evitar novos atos violentos, especialmente considerando as evidências de que os detidos teriam planejado atentados contra torcedores rivais.
O episódio, ocorrido em plena luz do dia, por volta das 12h da última segunda-feira (23), gerou caos nas proximidades dos estádios de Remo e Paysandu, com danos materiais em estabelecimentos locais. A chegada da Polícia Militar, que utilizou balas de borracha para dispersar os envolvidos, foi crucial para controlar a situação. O confronto entre torcedores do Paysandu e do Sport-PE, que se enfrentariam mais tarde em jogo válido pela Série B, mobilizou a segurança pública e gerou discussões sobre a escalada da violência nas torcidas organizadas.
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