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BOAS PERSPECTIVAS

Paysandu faz balanço e já planeja temporada 2025

A temporada 2024 trouxe dois títulos ao Papão e a importante permanência na Série B; agora é se organizar para fazer de 2025 um ano melhor ainda.

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Imagem ilustrativa da notícia Paysandu faz balanço e já planeja temporada 2025 camera Nicolas pode ter sido vaiado pelo desempenho ruim na Série B, mas a primeira metade do ano garantiu a artilharia bicolor a ele. | Reprodução/Rádio Clube

Encerrada a 38ª rodada do Brasileirão, neste domingo, a bola para de rolar no futebol brasileiro. É hora da maioria dos jogadores entrarem de férias, voltando às atividades em 2025. O momento, também, serve para que os clubes façam um balanço dos acertos e erros na temporada e, ao mesmo tempo, se planejem para o próximo ano. No Paysandu, pode-se dizer que 2024 teve saldo positivo, mesmo com o time não ascendendo à Série A, o que será tentado na próxima edição da Série B. Nas demais competições que disputou, o Papão se saiu bem em pelo menos duas delas, Parazão e Copa Verde, e deixando a desejar na outra, Copa do Brasil.

A permanência na Série B representou uma vitória do Papão, levando em conta a falta de regularidade da equipe, que chegou a ficar nove jogos sem vencer, tendo como consequência a entrada, por duas vezes, na zona de rebaixamento - 6ª e 11ª rodadas - do campeonato. A aprovação do torcedor à participação da equipe na Segundona veio com o público de quase 35 mil torcedores pagantes no jogo contra o Vila Nova-GO, pela última virada da competição, quando o time já não aspirava mais o acesso ao Brasileirão, mas, também, não corria o risco de queda à Série C.

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No Parazão, o Paysandu chegou ao 50º título de sua história, com direito a ter o artilheiro da disputa, o atacante Nicolas, autor de onze gols. A grande final do Estadual mais uma vez foi protagonizada pela dupla Re-Pa, que é sempre um campeonato relâmpago à parte. E o Papão levou a melhor com uma vitória (2 a 0) e um empate (1 a 1), somando ao término da competição 34 pontos, contra 27 do segundo colocado. A conquista assegurou aos bicolores vaga, com sobra, na Copa do Brasil de 2025 e ainda o direito de disputar a Supercopa Grão-Pará, contra a Tuna Luso, na abertura da próxima temporada.

Na Copa Verde, o Paysandu conquistou de forma inconteste o seu quarto título, algo inédito na história do torneio interestadual. A equipe paraense aplicou, na grande final, duas sonoras goleadas sobre o Vila Nova-GO – 6 a 0, em Belém, e 4 a 0, em Goiânia, sem deixar margem para qualquer contestação do título. Na Copa do Brasil, o Papão deixou a desejar, sem dúvida, sendo eliminado, na segunda fase, pelo Juventude-RS, fora de casa, por 3 a 1, quando, aparentemente, reunia condições de ir mais longe.

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É preciso aprender com os erros no planejamento

O Paysandu iniciará a temporada 2025 de novo presidente. O empresário Roger Aguilera, atual vice de gestão do clube, foi eleito com folga para suceder o atual gestor bicolor, Maurício Ettinger, pelos próximos dois anos. O novo mandatário, cuja posse acontecerá no próximo mês, promete uma administração eficiente, principalmente no que diz respeito à montagem do elenco, assunto que ele conhece bem por ter participado ativamente da formação do grupo deste ano, carregando, portanto, parcela de responsabilidade por algumas contratações danosas ao clube, entre elas a do lateral Keffel, até aqui um turista em Belém.

Aguilera revelou, na última quinta-feira, na Curuzu, que vem trabalhando para a composição do elenco desde de que foi eleito. “No dia seguinte à minha eleição já estava trabalhando, mandando propostas e avaliando atletas”, contou. O dirigente justificou a demora no anúncio dos novos contratados do Papão em razão da avaliação que vem sendo feita por ele dos atletas disponíveis no mercado.

“Não anunciamos nenhum jogador pelo fato de ser uma coisa que passa por todo um critério”, alegou. É uma coisa detalhada, minuciosa, que envolve várias questões, como a jurídica, por exemplo”, completou. “Tem muita coisa que já está adiantada, mas precisamos ser mais eficientes que este ano. Para que isso aconteça temos de ter tranquilidade”, disse Aguilera, informando que de 14 a 15 atletas serão contratados pelo clube.

LIÇÕES

Apesar das conquistas do Parazão e Copa Verde e, ainda, da manutenção do time na Série B do Brasileiro, o Paysandu, mais uma vez, cometeu erros na montagem de seu elenco para a temporada prestes a se encerrar. As falhas, como em anos anteriores, se deram principalmente na contratação de jogadores, com o clube jogando pelo “ralo” uma bolada de dinheiro. Para ficar apenas na vinda de atletas para o Brasileiro, principal investimento do clube, o Papão chegou a ter jogador que sequer entrou em campo e que acabou sendo dispensado na última quinta-feira, no caso o zagueiro Pedro Romano.

Mas a vinda de jogadores que em nada acrescentaram ao futebol do clube não ficou apenas no defensor, cujo contrato foi renovado sem que ele tenha dado um só chute. Parcela de culpa, é bom que se diga, creditada ao ex-treinador bicolor Hélio dos Anjos, que recomendou a permanência do atleta na Curuzu por mais um ano, sem que ele utilizasse o atleta. Por outro lado, o veterano meia equatoriano Cazares e o atacante colombiano Yony González foram outras bolas fora da diretoria bicolor.

Cazares e González deixaram o clube na reta final do campeonato, com uma baixa produção e, pior, carregando a fama de notívagos. Cabem na lista de erros da diretoria, também, a vinda do meia Brendon e do lateral-esquerdo Keffel, até hoje uma grande dor de cabeça para a atual gestão do clube. Os jogadores não tiveram nenhuma utilidade no grupo, sobretudo o segundo, cujo empréstimo do Torreense, de Portugal, que vai até 2025,custando quase R$ 1 milhão, com o defensor tendo jogado apenas 45 minutos contra o Santos-SP. Para piorar, o Papão ainda deve cerca de R$ 200 mil ao clube lusitano, que ameaça recorrer à Fifa, caso não receba o valor.

E MAIS...

O presidente Maurício Ettinger deixa o comando do Paysandu, depois de quatro anos à frente do clube, satisfeito com a desenvoltura do clube nesta temporada. “Foi um ano de glória, um dos melhores dos últimos 20 anos”, avaliou. O dirigente ressaltou as conquistas do Parazão e da Copa Verde e, principalmente, a permanência na Série B de 2025, que vai injetar recursos nos cofres do clube. “Foram feitos importantes, sem dúvida, com grande benefícios para o Paysandu”, salientou.

Além do desempenho do time nas três competições, Ettinger destacou, ainda, as obras executadas no Centro de Treinamento Raul Aguilera durante os seus dois mandatos. “Temos, hoje, dois campos em condições de uso e construções em andamento no local”, lembrou, se referindo ao início das obras do terceiro campo e da piscina no CT. O presidente mostrou confiança na continuidade das obras e também em algo ainda maior para o futebol do clube sob a gestão de Roger Aguilera, seu sucessor.

“Tenho certeza que as obras que estão sendo feitas no CT terão andamento e que vamos conseguir montar um time muito bom, superior ao desta temporada”, argumentou o dirigente. Sobre os erros ocorridos em sua gestão, sobretudo no futebol, o dirigente minimizou. “São coisas comuns no futebol, que ocorrem em todos os clubes, independente da divisão em que esteja”, apontou Ettinger, um dos principais cabos eleitorais de Aguilera na eleição passada do clube.

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