A transformação dos clubes brasileiros na Sociedade Anônima do Futebol (SAF) tem ganhado cada vez mais força. A mudança promete revolucionar a gestão esportiva no país, com maior profissionalização, transparência e atratividade para investidores.
Com exemplos de sucesso já consolidados, uma tendência é que a maioria dos clubes adote esse modelo nos próximos anos, buscando maior estabilidade financeira e competitividade dentro e fora de campo. O Paysandu é um destes clubes.
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"Hoje, o futebol é muito caro. Quando falamos de SAF. Vamos tocar em um ponto novo para o futebol paraense, mas no mundo e no futebol brasileiro é o caminho. Porém, o que é a SAF? Trata-se de um investidor colocando um recurso. Ele não dá isso de graça. Essa conta vai chegar. Mas se ele colocar um orçamento e ter resultado, esse orçamento vai para quanto ano que vem? Aí você consegue trazer atletas, vender atletas, elevar o nível e transformar o clube para o que pensamos em fazer. Mas em quanto tempo vou fazer isso organicamente? Então, essa é a ideia. Organizar o clube, se é SAF ou não, se for fazer uma SAF igual à do Fortaleza", destacou Roger Aguilera, presidente do Paysandu, ao Bola na Torre, da RBATV.
No entanto, nem sempre o modelo garante sucesso, como aconteceu no caso entre o Vasco e a 777 Partners. Por isso, é um processo que precisa passar por uma avaliação rigorosa, para que, ao invés da solução, o clube não atraia problemas.
"O Fortaleza é um exemplo porque está dando certo. O Vasco não deu certo. Mas se tu pegas o Botafogo, quem diria que eles iriam ganhar uma Libertadores e um Brasileiro no mesmo ano? Não desmerecendo, mas por tudo o que a gente olhava para a gestão do Botafogo nos últimos anos. Então, é um clube onde a SAF deu certo. Olha o investimento deles nestes anos em contratações de atletas", ressaltou Aguilera.
Entretanto, como a SAF ainda não é uma realidade do Paysandu, o clube precisa ter os pés no chão e ser assertivo para ter uma boa temporada em 2025, onde disputará a Série B do Campeonato Brasileiro.
"Eu sou uma pessoa que, apesar de ter pouco tempo com rede social, tenho a sensibilidade de poder estar olhando tudo o que está acontecendo e ficar ciente com o que o torcedor pensa, além dos veículos de comunicação. Muitos atletas são oferecidos para nós e eu tenho o interesse de trazer, mas hoje, a minha maior equação em cima do clube é o orçamento. Quando eu tenho destinado ao futebol? É o valor X. Nós já fizemos o orçamento e temos que formar o elenco dentro disso. Existe interesse em atletas que atuaram bem, mas que possuem o salário acima. Como vou fechar? Por isso é preciso ter esse elo mais próximo para eles entenderem", finalizou.
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