Ao longo das últimas temporadas, a cada novo treinador o Remo reiniciava um projeto, com dispensas de jogadores e mais contratações. Entretanto, em 2017 a meta é fazer diferente, já que, ao que parece, o treinador Josué Teixeira e a diretoria de futebol estão em sintonia.

Normalmente, com três ou quatro derrotas, o técnico e parte do elenco são demitidos, e todo o planejamento é jogado fora. Porém, o diretor de futebol, Marco Antônio Pina, garante uma nova mentalidade. “Esse ano é pé no chão. Logicamente que o resultado influencia a torcida e a imprensa, aquela pressão. Mas não é uma derrota, ou duas, que vai fazer todo um trabalho ir por água abaixo. A gente confia muito no Josué. Ele realmente veio no momento certo, até porque para se demitir tem que rescindir. Não é só mandar embora e trazer outro. Se eventualmente precisar, vamos rescindir e contratar outros. Mas nada de loucuras”, argumentou.

O dirigente mostra confiança no ano de 2017. “A torcida pode esperar um time competitivo. Sem dúvida, compromissado com o clube, com a torcida, com a camisa. Um time de entrega, de marcação e que não vai desistir em nenhum momento. Eu tenho certeza que seremos felizes em 2017”, concluiu o diretor de futebol remista.

GASTOS

ECONOMIA VAI DURAR ATÉ O BRASILEIRO

Para tentar manter os salários em dia, o Remo montou um projeto ousado, mas que se faz necessário por conta da crise econômica que assola o clube. Os azulinos decidiram manter a folha salarial para as competições do primeiro semestre deste ano em, no máximo, R$ 300 mil, montando o time com atletas da base e locais, com poucos jogadores de fora do Estado.Segundo o diretor de futebol do Leão, Marco Antônio Pina, a ideia é que a folha salarial fique neste valor até o início da Série C.

“Conversamos com o presidente e com o vice, que a Série C é outro nível. E, a partir de maio, nós vamos sentar e conversar para ver o orçamento do clube até novembro. Não sei para quanto vamos aumentar, mas vai ter que se aumentar. O nível é outro, os valores são outros”, argumentou.Apesar de ter R$ 300 mil como limite, o diretor ressalta que eles não pretendem atingir este valor, que pode ser pago com patrocínios e com o sócio-torcedor. “A gente quer sempre ter uma margem de R$ 50 mil a R$ 60 mil, para que, em uma situação eventual, uma posição pontual, a gente possa buscar jogador para o clube. Vamos pagar com o Nação Azul, já começou a entrar um certo valor. Tem alguns patrocínios. Quando não der, tem os abnegados que adiantam algo para receber depois”, garantiu o dirigente.Além disso, se o valor limite for ultrapassado, ele e os demais diretores deverão pagar o excesso com dinheiro do próprio bolso.

“O doutor Manoel Ribeiro brinca, mas na hora de falar de Remo ele é sério. Ele falou: ‘O orçamento é R$ 300 mil. Se passar mil reais, tu e o Sérgio Dias vão pagar esse valor.’ E nós aceitamos o desafio. Temos a consciência que não vamos passar, e se passar vamos ter que dar o jeito de pagar”, finalizou Marco Antônio Pina.

(Café Pinheiro/Diário do Pará)

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