Em 2002, quando o Paysandu conquistou a Copa dos Campeões, o atacante Albertinho era uma espécie de mascote do elenco do clube. O ex-jogador contava, naqueles tempos, com 23 anos, sendo o mais novo do grupo, formado, em sua maioria, por atletas rodados no futebol. Hoje, com 38 anos, o ex-atacante, que atua nas divisões de base do Papão, recorda com satisfação da experiência de ter ajudado na conquista do maior título da centenária história bicolor.

O DOL leva você para o jogo dos campeões com uma camisa do Paysandu

“Acho bacana relembrar tudo isso. Aquele time não foi apenas campeão da Copa dos Campeões, o que já seria muito, mas também de outras competições importantes”, salienta. “Além disso, colocamos o Paysandu na Libertadores, uma coisa até hoje inédita na região Norte”, completa.

Para Albertinho, o jogo contra a seleção brasileira máster será uma boa chance de rever velhos amigos. “Vamos poder recordar de grandes momentos que vivemos juntos, dentro e fora de campo”, diz. Segundo ele, a convivência com tantas feras, como Marcão, Vandick e Gino, pra ficar só nesses, foi das mais positivas.

“Eu que estava em início de carreira pude aprender muita coisa”, conta. Sobre a virada do Papão no “Castelão” diante do Cruzeiro-MG, após ter perdido o primeiro jogo em Belém, Albertinho resume. “A gente nunca deixou de acreditar”, lembra. 

ANSIEDADE E SAUDADE

Nunca uma viagem entre São Paulo e Belém foi tão prazerosa para o ex-zagueiro Gino, que deve participar do amistoso do Paysandu, campeão da Copa dos Campeões, contra a seleção brasileira máster, na próxima sexta-feira (4), no Mangueirão. “Estou muito ansioso para voltar a Belém e reencontrar a torcida e os parceiros do time de 2002”, conta o ex-jogador, dividindo a empolgação com os companheiros.

Gino convive com a expectativa de ver o Mangueirão em seus grandes dias, apinhado de torcedores do clube. “Após 15 anos da nossa conquista, finalmente nós vamos voltar a ver o estádio lotado, reunir os grandes jogadores e relembrar as histórias que nós vivemos juntos. Vai ser legal reviver tudo isso”, afirma.

O ex-zagueiro, imortalizado por ter erguido o troféu de campeão da Copa dos Campeões, garante valorizar mais a conquista que teve pelo Papão do que o título paulista de 1997 pelo Corinthians-SP. “Lá eu apenas fazia parte do elenco e não era titular. Por isso, nunca esqueço a campanha pela Copa dos Campeões”, diz Gino, que agora atua no ramo de material esportivo.

Chance de rever gente que entrou para a história

Não bastassem tantas feras dentro de campo, tanto do lado bicolor como da seleção canarinho, o evento, contará com outras atrações, especialmente convidadas para a festa: o ex-meio-campista paraense Giovanni, cria da Tuna Luso e ex-ídolo do Santos-SP e do Barcelona, da Espanha, com passagem também pelo futebol da Grécia; além do pugilista Popó. 

Pelo lado bicolor, já confirmaram presença, entre outros, o goleiro Marcão, o zagueiro Gino, o volante Vanderson e o atacante Vandick.

SESSÃO NOSTALGIA

A partida é aguardada com ansiedade pelos ídolos da torcida bicolor e que não veem a hora de voltar a entrar em campo e sentir o calor da Fiel, que deve lotar as arquibancadas do Mangueirão. “Vai ser um dia bastante especial”, prevê Vandick, artilheiro do time no torneio, com cinco gols, três deles no jogo final. O goleador garante estar preparado para não fazer feito.

“Estou me preparando. Tenho batido a minha baba (pelada na linguagem baiana). Espero voltar a fazer pelo menos um golzinho para ver a torcida comemorando como naqueles tempos”, diz o ídolo da Fiel, que por dois mandatos o elegeu vereador de Belém.

(Nildo Lima/Diário do Pará)

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