Cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém. Pois é baseado no conhecido dito popular que o técnico João Brigatti trata de baixar a bola de seu time, deixando a empolgação exagerada pelos 4 a 1 aplicados no São Francisco, na estreia das equipes no Parazão, para o torcedor bicolor. O treinador, após a partida, reconheceu que o Papão fez apresentação acima do esperado, mas afirmou que alguns pontos ainda não estão dentro do que ele pretende.

“Ainda não tínhamos a visão dessa equipe jogando, e quando você tem uma partida de estreia, tem a ansiedade também”, comentou Brigatti. “São vários ajustes que a gente precisa fazer na equipe, só que agora já estão pontuados”, salientou o treinador, que na reapresentação de ontem à tarde já começou a corrigir os defeitos da estreia. “Agora já sabemos (onde ajustar), facilita um pouco mais”, previu Brigatti, que após o anúncio da formação bicolor, pouco antes de a bola rolar, justificou a escalação.

“Optei por outra formação justamente para conhecer melhor alguns novos jogadores”, alegou o treinador, que sacou da equipe jogadores que eram apontados como titulares, entre eles o goleiro Douglas Silva e o zagueiro Perema, principalmente este último. Ainda sobre os acertos que pretende fazer na formação, Brigatti afirmou que eles ocorrerão sem grandes dificuldades, levando em conta a performance do grupo diante do Leão santareno. “Com esse comportamento que a equipe tem, pode ter certeza que os ajustes se tornam mais fáceis”, declarou.

Para o treinador, não existe o chamado “oba, oba” pelo triunfo folgado. “Eu estou há muito tempo no futebol e não vou me deixar enganar”, garantiu. “A gente pode ter uma baixa de rendimento no domingo, o que é normal até pelo tempo de recuperação”, apontou, se referindo ao jogo das 10 horas contra o Bragantino, na Curuzu, pela segunda rodada do Estadual.

Com relação à torcida, o técnico afirmou: “Se a torcida está empolgada, logicamente com méritos, pelo que os atletas apresentaram no gramado, mas isso fica por parte da torcida. Nós aqui temos que ter os pezinhos no chão. Se não ralar a bunda no chão, não vamos vencer ninguém”, concluiu Brigatti.

PRESIDÊNCIA 

O presidente bicolor, Ricardo Gluck Paul, também avaliou a atuação do Papão na goleada sobre o visitante santareno. “Na parte tática, logicamente que a gente ainda precisa corrigir alguns detalhes, a compactação, o posicionamento. Mais importante que a evolução tática e do resultado que, obviamente, foi muito bom, foi a entrega do grupo”, elogiou.

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Time passará por mudanças 

O técnico João Brigatti não deixou explícito o ajuste que pretende fazer no time do Paysandu para enfrentar o Bragantino, no domingo que vem, pela segunda rodada do Parazão. Mas, com toda a certeza, as correções passam pelo setor de defesa, compartimento que, com exceção dos laterais Bruno Oliveira, direito, e Bruno Collaço, esquerdo, destoou do restante da equipe, na goleada imposta ao São Francisco. O miolo de zaga deixou a desejar, com os defensores Micael e Victor Oliveira, por alguns momentos, batendo cabeça.

O único gol do Leão santareno, por exemplo, nasceu de uma falha dos zagueiros. O meia-atacante Tavinho, de pouco mais de um metro e meio, testou a bola para o fundo da rede entre os dois defensores do time bicolor. É possível que Brigatti venha a promover mudança no setor, com a possível utilização de Perema na zaga. 
O treinador adiantou, após a partida de quarta-feira, que passa por sua cabeça promover alterações, sem dizer quais.

O goleiro Mota alternou bons e maus momentos na partida, fazendo defesas difíceis, mas também por pouco não levando um “peru”. Na saída de campo, o arqueiro, que era cotado para compor o banco de reservas, com Douglas Silva sendo apontado como titular, o que acabou não se concretizando, brincou com a falha. “Foi apenas para testar o coração do torcedor”. 

Ontem à tarde, o elenco se reapresentou, mas somente hoje é que Brigatti começa a trabalhar de verdade com vista ao jogo do domingo. Os jogadores que não enfrentaram o São Francisco e aqueles que entraram no decorrer da partida, casos de Willyam, Elielton e Caíque Oliveira foram para o gramado no campo FQ, no bairro do Tapanã. Os demais ficaram na Curuzu. 

LANCES VIOLENTOS

A assessoria do clube revelou que não houve baixa na partida, apesar dos lances violentos registrados nos 90 minutos, o que foi reclamado por Brigatti. “Alguns atletas deles apelaram. Isso não se faz. São profissionais aqui dentro. Mesmo quando se tem um placar adverso, tem que respeitar, é um companheiro seu que está jogando”, criticou.

(Nildo Lima/Diário do Pará)

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