Papão tropeça de novo
Sem tomar conhecimento do Castanhal, o time mesclado do PSC arrancou um bom resultado no 1º tempo do confronto válido pelas quartas de final da Copa Verde, ontem à noite. Fez 1 a 0 e controlou as ações. O problema é que a boa atuação se limitou à primeira metade da partida. Na etapa final, os bicolores se acomodaram e o Castanhal acordou a tempo de evitar a derrota, alcançando o empate a poucos minutos do fim.
Quando o jogo começou, o PSC parecia disposto a resolver a situação logo nos primeiros minutos. Adiantou a marcação, provocou erros primários por parte da zaga do Castanhal e chegou ao gol aos 10 minutos após boa jogada de Laércio, que cruzou na cabeça do volante Marino. O cabeceio foi no centro do gol, mas sem chances para o goleiro Axel.
O PSC ainda marcou um segundo gol, com Thiago Santos, mas o atacante estava impedido. O Castanhal concentrava suas investidas em lançamentos longos e sem direção. Pela direita, Rony e Pedrinho até tentavam furar o bloqueio da marcação, mas sem construir jogadas perigosas. O artilheiro Pecel, isolado, mal pegou na bola. Laércio, um dos destaques do time, finalizou forte aos 33’ e quase ampliou.
Quando o 2º tempo começou, Wilton Bezerra fez mexidas que não frutificaram. Saíram Bruno Paulista, Fazendinha, Marino, Robinho e Yan para a entrada de Alan Calbergue, Mateus Lopes, Ratinho, Luan e Tcharlles. As trocas desmontaram o setor de meio-campo e abriram um buraco à frente da defesa, propiciando a reação do Castanhal.
Depois de duas boas tentativas, com Rony e Lukinha, o Japiim finalmente chegou ao gol em escapada do garoto Ruan aos 37 minutos. Ele entrou na área e tocou na saída de Paulo Ricardo para empatar. Resultado ruim para os bicolores e com sabor de vitória para os castanhalenses.
A “lei do silêncio”, imposta pela diretoria do PSC após o vexame diante do Ituano, não permitiu que se soubesse qual foi a avaliação de Wilton Bezerra sobre o desempenho do time alternativo, se é que o técnico interino teria algo relevante a dizer.
Leão aposta na cautela diante da Raposa
O Remo tem outra decisão pela frente hoje, em Belo Horizonte, contra o Cruzeiro. É o confronto de dois times que ainda buscam fugir ao perigo do rebaixamento. Com 39 pontos, um a mais que o Leão, a Raposa precisa alcançar o número mágico dos 44 pontos (ou 43) para se tranquilizar.
Em relação ao acesso, o time de Vanderlei Luxemburgo já não tem qualquer chance. Tenta agora fechar a campanha de forma digna e uma vitória sobre o Remo é o primeiro passo para se tranquilizar.
É justamente aí que residem os perigos no caminho do Leão, que está há cinco rodadas sem vencer. A atuação decepcionante diante da Ponte Preta, domingo passado, ainda repercute junto à torcida. Mudanças são esperadas na escalação e na maneira de atuar.
O técnico Felipe Conceição sinaliza a intenção de alterar o perfil do time, buscando se fechar mais para evitar novas derrotas. Para tanto, é necessário que o sistema defensivo funcione melhor do que nos últimos jogos.
É possível que Marlon seja deslocado para a lateral esquerda, a fim de fechar mais o setor, excessivamente vulnerável contra a Macaca. O ataque também pode ser afetado por essa reformulação. Victor Andrade, titular até então, pode ceder espaço para um meia – no caso, Mateus Oliveira.
Pelo que se observa, Felipe vai apostar num jogo reativo, considerando o empate como um resultado interessante. A conferir.
Tempos de mudança de consciência no vôlei
O Minas Tênis Clube tomou uma atitude inédita no vôlei brasileiro. Rescindiu o contrato do atleta Maurício Souza depois da repercussão negativa de postagens de teor homofóbico nas redes sociais. É verdade que a decisão teve mais a ver com a pressão dos patrocinadores, mas vale como um posicionamento que deve passar a prevalecer em casos semelhantes.
Maurício fez comentários ácidos sobre a orientação sexual do personagem filho do atual Superman, Joe Kent, que se revelará bissexual nas próximas edições da clássica HQ. Não foi uma declaração isolada. Maurício é, declaradamente, um eleitor e apoiador do presidente Jair Bolsonaro, comungando das ideias conservadoras e homofóbicas deste.
A decisão do Minas foi anunciada após intensa reação às manifestações de Maurício. O clube chegou a afastar o jogador, mas quase recuou diante do apoio que os demais atletas manifestaram ao colega. A coisa só mudou de figura quando as empresas que patrocinam o time exigiram que fossem tomadas “medidas cabíveis” ao caso.
Mesmo que por vias hesitantes, a decisão do clube marca um ponto importante na escalada de enfrentamento à intolerância no país. São vitórias pontuais que não podem ser subestimadas.
Quando a omissão pode ser criminosa
Quem acompanhou o jogo Goiás x Botafogo não teve como deixar de notar a tolerância excessiva do árbitro Anderson Daronco com a pancadaria imposta pelos goianos ao longo da partida. Os alvos preferenciais foram Chay e Rafael Navarro, os principais jogadores botafoguenses, caçados sem clemência desde os primeiros minutos.
Mais que a violência dos jogadores do Goiás, chamou atenção a omissão do árbitro, que só teve coragem de aplicar um cartão no lance em que Chay levou uma paulada na perna e teve que ser retirado de campo. O volante que praticou a entrada criminosa recebeu o amarelo, mas Daronco merecia um cartão vermelho pela irresponsável condução da partida.
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