Futebol com olhar regional
Depois de muitas cabeçadas e erros em cascata, a dupla Re-Pa decidiu investir para 2022 em profissionais de gestão de futebol com vivência e conhecimento da cena regional. Ricardo Lecheva foi contratado pelo PSC e João Galvão pelo Remo. Ao que parece, a coincidência foi produto do mero acaso, mas é fato que os dois clubes entenderam a necessidade de ter um olhar caseiro sobre as decisões envolvendo o futebol.
Lecheva, ex-jogador de destaque no Papão, com presença importante no time que conquistou títulos e prestígio no começo deste século, leva para a coordenação de futebol a bagagem acumulada na bem-sucedida carreira como técnico e supervisor.
O amplo conhecimento da realidade interna do PSC é o maior trunfo de Lecheva para conduzir seu trabalho. Terá como missão fazer a ponte entre jogadores, comissão técnica e diretoria. Será um embaixador interno, responsável por apagar incêndios e se antecipar a crises.
É uma função relativamente recente, mas com grande importância na estrutura profissionalizada que o clube tem hoje. A experiência de atleta também é preciosa, contando pontos para a compreensão de problemas e entendimento das frustrações de cada um.
João Galvão também atuou como jogador pelo Remo por curto período, nos anos 80, sem o brilho de Lecheva no PSC, mas compensa essa pequena ligação de campo com a vivência experimentada durante mais de uma década no Águia de Marabá.
Foi técnico, supervisor, coordenador, gerente e diretor, algumas vezes simultaneamente. Desempenhou com competência essas tarefas, aprendendo na prática a fazer o que a necessidade impunha.
No Remo, terá a oportunidade de atuar como elo entre comissão técnica e direção, mas será figura de grande utilidade na observação de jogadores, como acontecia no Águia. Graças ao talento para descobrir joias escondidas em clubes sem tradição, ele trouxe para o futebol paraense vários atletas de qualidade. O maior exemplo é Keno, hoje no Atlético-MG.
A capacidade de trabalho sempre foi muito elogiada por todos, inclusive concorrentes, mas Galvão estava disposto a se aposentar. Desistiu desse intento ao receber o convite do presidente remista Fábio Bentes para reforçar a gestão do futebol. É a chance que esperava há anos de atuar num clube de grande porte. A hora chegou e ele está preparado para a missão.
Custo de “reforços” livra o Papão de um mau passo
Ouvi nos últimos dias especulações sobre meias que o PSC estaria buscando para 2022. Fiquei espantado principalmente com a menção a Cícero e Ricardinho, dois jogadores que passaram pelo Botafogo nas últimas temporadas. Acompanhei com atenção a produção de ambos, por força de minha ligação afetiva com o Alvinegro, e posso dizer que hoje constituem apostas de alto risco.
O rendimento de Ricardinho foi muito aquém do esperado na campanha do Botafogo na Série B. Indicado por Marcelo Chamusca, jogou poucas vezes e, quando entrou, foi sempre nos minutos finais, atuando mal. Jogador de bom passe, sofre com problemas físicos que reduziram sua movimentação em campo. Foi uma das piores contratações da temporada.
Um ano antes, Cícero esteve no Botafogo e o desempenho foi pífio, tanto como segundo volante quanto meia-atacante, como chegou a ser utilizado desastrosamente em algumas partidas. Não se consolidou na equipe e saiu sem deixar saudades.
Ao que parece, as conversas entre o PSC e os jogadores citados não evoluíram por conta das pedidas salariais. Ainda bem – para o clube. A busca de reforços deve ter como critério básico a qualidade técnica, levando em conta o. Se o jogador não está bem, embora tenha atuado na Série B ou mesmo na A, não serve para a Série C.
Nossos clubes precisam entender que a Terceira Divisão não é uma vala comum, onde cabe qualquer um. É uma competição nacional, exige atenção e foco, com seus desafios e particularidades.
Com méritos, Caeté finalmente garante acesso
As duas vitórias sobre o São Raimundo (1 a 0 e 3 a 0) serviram para assegurar ao Caeté o acesso à primeira divisão paraense. Podia ter se garantido antes, ao derrotar o Parauapebas, mas a semifinal foi invalidada por irregularidade na escalação de um jogador pelo time adversário. Mesmo sem nada a ver com isso, o time bragantino foi obrigado a voltar a campo e ratificar a classificação. Fez isso com categoria e intensidade.
Toda glória para o novo rei da cesta de três pontos
Stephen Curry, astro em ascensão da NBA, brilhou nesta semana. Consolidou-se como recordista em bolas de três pontos na liga norte-americana. Jogador do Golden State Warriors, ele cravou a cesta histórica no primeiro tempo do jogo com o New York Knicks, na terça-feira (14). Um feito e tanto: foi a 2.974ª vez que ele converteu uma cesta de três pontos. Seu time venceria o jogo por 105 a 96, mas o assunto que correu o mundo foi o recorde de Curry.
Ele superou Ray Allen, que detinha a marca de 2.973 arremessos de três. Bem no estilo americano de enaltecer ídolos do esporte, a partida foi pausada no momento em que caiu a bola arremessada por Curry e o astro foi festejado pelos companheiros de time e pelo próprio Allen, que estava no Madison Square Garden para prestigiá-lo.
Curry não é apenas o maior cestinha do momento. Segundo Reggie Miller, outro ícone da NBA, ele é também o melhor arremessador pós-drible, uma habilidade que pouquíssimos jogadores possuem.
O Golden State Warriors segue na disputa pela liderança da Conferência Oeste, com 22 vitórias e cinco derrotas na temporada. Apesar de contar com um craque, a equipe reúne 13,3% de chances de conquistar o título. É a segunda nas projeções, abaixo do favorito Brooklyn Nets, que tem 27,8%.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar