Com um time mesclado, repleto de garotos oriundos da base, o Remo passou pelo Castanhal, na manhã de domingo, por 3 a 2. Uma atuação instável, com bons momentos e muitas situações de desorganização no meio-de-campo. A ausência de um organizador de ofício atrapalhou o Leão em boa parte do jogo, mas o time acabou chegando à vitória pelos pés de três meninos formados nas divisões do clube.
O 1º tempo foi completamente improdutivo, tanto para o Castanhal quanto para o Remo, com tentativas erráticas de ambos os lados. O goleiro Vítor Lube só fez uma defesa e a melhor chegada do ataque azulino foi no disparo de Henrique na trave esquerda do goleiro Bernardo.
Veio a segunda metade e as coisas mudaram por completo. Aos 40 segundos, o Remo abriu o placar. Após cruzamento na área, Ricardinho cabeceou e o goleiro deu rebote. Vinícius Kanu pegou de prima, mandando no canto esquerdo. Foi o segundo gol dele como atleta profissional.
Ainda impactado pelo gol, o Castanhal buscava se organizar, mas não passava de seu próprio campo. O técnico Marcelo Cabo fez as primeiras mudanças: Ronald e Renan Tiago substituíram Guty e Ricardinho.
De repente, aos 21’, em jogada rápida pela lateral esquerda, Cássio cruza na área, Diego Ivo erra o chute para afastar e a bola sobra para Raylson desviar para as redes, antecipando-se à aproximação do lateral Raí.
O gol de empate reequilibrou a partida, com o Castanhal passando a acreditar e tentando chegar com bolas cruzadas na área. O Remo faz novas trocas: Jonilson e Rogério (estreante) no lugar de Diego Ivo e Kanu.
As mexidas funcionaram e deram mais agilidade ao contra-ataque remista. Aos 26, o zagueiro Pietro perdeu a bola para Rogério, que lançou Ronald. O ponta avançou e, na saída do goleiro, tocou para o fundo do barbante. Ronald, que ficou oito meses em recuperação, festejou muito o gol.
Cinco minutos depois, surgiu o terceiro gol do Remo. Rony cobrou escanteio, a bola ficou pererecando na área e voltou para o lateral, que emenda um chute forte. Bernardo deu rebote e o zagueiro Jonilson encheu o pé, marcando o gol mais bonito da manhã no Souza.
Aos 33’, o Japiim volta a apertar e consegue diminuir. Raylson cruzou e o lateral Jefferson Murillo, ligeiramente adiantado, desviou de cabeça. O gol reanimou o Castanhal, mas não havia qualidade na construção das jogadas e o placar não foi mais modificado.
Importante vitória do Leão, que manteve a campanha 100% no Parazão e garantiu a liderança definitiva na primeira fase da competição, cinco pontos à frente do 2º colocado (PSC). O Castanhal segue ameaçado, na 8ª posição.
Paulinho Curuá, Henrique e Kanu foram os melhores do Remo. Jefferson e Raylson se destacaram no Japiim.
No sufoco, Papão vence a Lusa e quebra sequência ruim
O clássico não teve o glamour de outras épocas, mas foi movimentado e agradou o torcedor que compareceu à Curuzu na tarde de sábado. O PSC levou a melhor por ter sido mais objetivo e por ter o trunfo sempre poderoso de Ricardinho nas bolas paradas. Aliás, a vitória veio justamente em cobrança de falta executada pelo volante/meia.
Na primeira etapa, a troca de passes da Tuna confundiu o setor defensivo do PSC, situação agravada pela improvisação de Bileu no centro da zaga, jogando ao lado de Vanderson. Com Juninho centralizando as jogadas, o time luso chegou a surpreender pela facilidade com que avançava.
Mas, aos 8 minutos, o Papão abria o placar. Uma jogada toda executada pelos laterais Edilson, estreante, e Eltinho. O primeiro cruzou no segundo pau e Eltinho se intrometeu entre os zagueiros para cabecear, sem chances para o goleiro Jader.
A Tuna não se amofinou com o gol. Seguiu jogando do mesmo jeito, trocando passes para envolver a marcação. Deu certo. Três minutos depois, o zagueiro Marlon, outro estreante do dia, fez lançamento para Paulo Rangel, também de volta à Lusa. Ele entrou na área e tocou rasteiro, explorando falha do goleiro Thiago Coelho.
O confronto seguiu equilibrado e Paulo Rangel quase virou o marcador aos 36’, sendo travado por Eltinho na hora da finalização. A resposta foi imediata. Aos 37’, o Papão teve falta a seu favor junto à área. Ricardinho cobrou, colocando a bola no canto direito de Jader, que pulou atrasado.
No 2º tempo, o placar não foi mais alterado, muito em função da acomodação e falta de ideias do PSC, incapaz de explorar as muitas oportunidades de contra-ataque. A Tuna cansou e vivia de espasmos. Welthon jogava sozinho pelo lado direito e sofria marcação dupla.
Márcio Fernandes, completamente pilhado na beira do campo, expunha o nervosismo do PSC. O técnico fez mudanças no meio e no ataque, onde Vicente substituiu Vinícius Leite, que fez boa estreia. Ainda assim, Juninho teve uma excelente chance para empatar. Depois de driblar três defensores, ele bateu à direita da trave defendida por Thiago Coelho.
Governador visita e mostra as obras do novo Mangueirão
Uma vistoria técnica do governador Helder Barbalho, acompanhado de dirigentes de clubes e FPF, apresentou ontem o estádio das obras de reconstrução e modernização do estádio olímpico Jornalista Edgar Proença, o novo Mangueirão. A arena será entregue no próximo dia 9 de abril, no clássico Re-Pa que fecha a fase de classificação do Parazão.
“Eu tenho certeza de que o Novo Mangueirão incrementa, ainda mais, a paixão pelo futebol, a paixão do paraense pelo esporte, valorizando o amor dos nossos torcedores pelos seus clubes, na certeza de que, com um estádio nesta dimensão, certamente o Pará estará alçando mais protagonismo no futebol nacional e regional”, disse Helder.
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