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Após sofrer racismo, Vini Jr sorri na Seleção e recebe apoio

Brasileiro se apresentou nesta segunda-feira (19) para preparação de amistosos após vitória do Real Madrid contra o Atlético de Madrid, em derby marcado por insultos racistas ao jogador

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Imagem ilustrativa da notícia Após sofrer racismo, Vini Jr sorri na Seleção e recebe apoio camera Vinícius e Paquetá sorrindo sem parar | Lucas Figueiredo/CBF

Mesmo depois de uma semana em que foi alvo de racismo na Espanha, Vini Jr. não economiza sorrisos. Durante o primeiro dia de trabalho da seleção brasileira em Le Havre (França), o jogador do Real Madrid se divertiu ao lado dos companheiros e ganhou o apoio do grupo, que começou nesta segunda-feira (19) a preparação para os amistosos contra Gana e Tunísia.

Vinícius chegou ao hotel às 7h45 (horário de Brasília) junto seus companheiros de Real Madrid, Rodrygo e Éder Militão. Casemiro, ex-jogador do clube espanhol, e Matheus Cunha, do Atlético de Madrid, chegaram no mesmo grupo. O clássico madrilenho, vencido pelo Real Madrid por 2 a 1 no domingo (18), foi o motivo central das ofensas racistas a Vinícius.

Ao longo da semana, o clima de rivalidade esquentou até se transformar em ataques ao brasileiro. Na quinta-feira (15), no programa El Chiringuito, o comentarista Pedro Bravo disse que Vinícius tinha que "parar de fazer macaquice". No domingo, antes do jogo, parte da torcida do Atlético de Madrid entoou cânticos racistas contra o jogador. Em resposta, Rodrygo comemorou o primeiro gol dançando com Vini Jr.

Nesta segunda, em Le Havre, Vinícius estava relaxado e parecia disposto a aproveitar os dias na seleção para mudar de ares. Com um sorriso constante no rosto, ele participou do treinamento no grupo dos jogadores que apenas deram voltas em torno do campo, do qual também faziam parte Neymar, Marquinhos e os companheiros de Real Madrid.

No trote, que muitas vezes era uma caminhada, Vinícius estava sempre perto de Lucas Paquetá, amigo desde as categorias de base do Flamengo. Mas os novos colegas também prestaram solidariedade ao ponta-esquerda."Vi muitas matérias sobre o que aconteceu. Isso não pode mais acontecer, no século em que nós estamos. Isso é muito ruim. Mas nós somos um grupo muito fechado, unido, e isso nos fortalece mais ainda", afirmou o zagueiro Bremer, da Juventus, convocado pela primeira vez por Tite.

Também estreante, Roger Ibañez disse que os episódios desta semana uniram o grupo em torno do colega:"Essas coisas não deveriam mais existir. Eu não tenho muito como comentar, porque nunca sofri com isso, mas escutar ofensas desta maneira deve ser muito difícil. Na seleção, estamos todos juntos, unidos, e nos divertimos. Ele (Vini Jr) está levando bem, temos que olhar pra frente, sempre".

O ambiente da seleção já era de apoio a Vini mesmo antes da apresentação. A comissão técnica fez questão de emitir uma nota conjunta no site da CBF: "Vinicius Jr, que você siga levando seu talento e sua arte para aqueles que amam o futebol. Drible, dance, brilhe. E siga sendo você em sua essência. Sempre".

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