Jenni Hermoso, jogadora da seleção espanhola de futebol feminino e campeã do mundo, discursou durante a cerimônia de introdução no Salão da Fama do Futebol de Pachuca, abordando indiretamente o Caso Rubiales, no qual foi beijada à força pelo então presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Luis Rubiales, durante a celebração do título.
A atacante destacou a importância da conquista e a necessidade de respeito e valorização das mulheres no esporte, apontando que a vitória foi um meio de tornar suas vozes ouvidas.
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Jenni Hermoso também mencionou o ciclo que levou à Copa do Mundo, marcado por problemas de relacionamento com o técnico Jorge Vilda e protestos de algumas atletas por questões de trabalho.
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Hermoso destacou, ainda, o impacto da equipe em inspirar meninas ao redor do mundo e compartilhou a dificuldade de enfrentar a repercussão do incidente do beijo forçado, afetando sua saúde mental e vida pessoal.
"Nós sacrificamos algumas alegrias e celebrações e sofremos além da conta em um momento histórico", afirmou a atleta. "Não mereço estar vivendo tudo isso. Tem sido muito difícil não poder sair de casa, tive que sair de Madri para não sofrer essa pressão. Por que tenho que estar chorando em casa se não fiz nada?", desabafou.
O MOMENTO DO BEIJO FORÇADO
Durante seu discurso, Jenni Hermoso também recordou o episódio polêmico envolvendo o beijo forçado de Rubiales, no momento em que as jogadoras espanholas recebiam as medalhas e o troféu de campeãs mundiais.
"A primeira coisa que disse quando o abracei foi que tínhamos conseguido. A única coisa que me lembro é ele me dizer: 'Esta Copa ganhamos graças a você'. O que lembro depois são as suas mãos na minha cabeça e o beijo na boca", relatou.
Nas palavras de Jenni Hermoso, a conquista da Copa do Mundo foi um marco histórico para a equipe e um catalisador para a defesa dos direitos e respeito às mulheres no esporte e na sociedade. Ela se juntou a outros 17 nomes no Salão da Fama do Futebol de Pachuca.
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