
João Pedro viveu momentos de felicidade, angústia e resiliência no Fluminense. Foi testado de volante, meia e ponta até que se encontrou como centroavante. Passados seis anos e recém-chegado ao Chelsea, o atacante revê agora o clube que o revelou e onde viveu um mix de sentimentos antes de se firmar como jogador de futebol.
João Pedro é natural de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Ele recebeu o convite para jogar no Fluminense quando tinha de nove para dez anos. Na ocasião, sua mãe, Flávia, decidiu apostar no sonho do filho e largou tudo pela carreira do menino.
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Eles se mudaram para Xerém (RJ), onde ficam as categorias de base do Flu, e ali iniciaram um período de muitas esperança, incerteza e aperto.
Em dado momento, como João Pedro recebia um auxílio baixo, eles passaram dificuldades e cogitaram retornar para a cidade-natal. Foi quando o então diretor da base, Marcelo Teixeira, conversou com a mãe do jovem e a convenceu de ficarem, primeiramente, oferecendo cestas básicas e, em seguida, reajustando o valor da bolsa.
Hoje com um porte físico avantajado, João Pedro era bastante magro, o que dificultou sua evolução inicial na base. Ele foi testado de volante, meia, ponta e, do sub-15 ao sub-17, foi reserva e pouco jogou.
Até que o então coordenador-técnico Marcelo Veiga assumiu o sub-17 interinamente e decidiu testá-lo de centroavante, pois Marcos Paulo havia acabado de subir para o profissional.
E a escolha não poderia ter sido melhor: João Pedro desandou a fazer gols e revelou sua veia artilheira, mantendo-se como camisa 9 mesmo quando Marcos Paulo descia para atuar nos jogos da base.
Quando estava no Sub-17, João Pedro foi disputar a Taça BH, em Minas Gerais. Sua geração no Fluminense era considerada talentosa, mas até então não tinha conseguido grandes resultados.
Marcos Paulo, na ocasião, desceu para jogar a competição e começou a criar uma pequena disputa de egos entre os dois nos treinos.
Foi então que a assessoria de imprensa da base e Eduardo Oliveira (então coordenador-metodológico e agora treinador da categoria) tiveram uma ideia para que eles se aproximassem dentro e fora de campo: contar a eles a história sobre o "Casal 20", a dupla Washington e Assis, que fez história no Fluminense na década de 80.
Os garotos adoraram e, logo nos primeiros jogos, passaram a se procurar mais em campo. Quando faziam gols, comemoravam juntos imitando a pose dos bustos que existem do Casal 20 na sede do clube, em Laranjeiras.
Com o sucesso da dupla, nasceu a chamada "Geração de Ouro de Xerém", que contou também com Marcelo Pitaluga, Calegari, André, Martinelli, Luiz Henrique, Biel, John Kenedy, entre outros.
João Pedro chegou ao Watford, da Inglaterra, em 2019. Por lá ficou até 2023, quando se transferiu para o Brighton, do mesmo país.
A chegada ao Chelsea aconteceu durante o Mundial e sua estreia foi justamente contra o Palmeiras, nas quartas de final.
Os Blues pagaram 55 milhões de libras (R$ 415 milhões na cotação atual) pela contratação de João Pedro.
Primeiro brasileiro a chegar no atual elenco, o volante Andrey Santos vibrou com sua chegada ao grupo.
Após a vitória por 2 a 1 sobre o Palmeiras, João Pedro mostrou seu lado provocador. O atacante "cantarolou" uma música entoada pelos rivais que diz que o Alviverde "não tem Mundial". Em sua rede social, o jovem de 23 anos postou (e provocou): "Lalaia lalaia lalaiá... Agora é com vocês".
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