
Envelhecer com energia, mobilidade e autonomia é um desafio crescente em uma sociedade que vive em ritmo acelerado e com hábitos cada vez mais sedentários. Para muitos, a rotina apertada, a falta de tempo e a distância das academias se tornam obstáculos quase intransponíveis quando o assunto é manter uma vida ativa.
No entanto, especialistas e ex-atletas têm mostrado que é possível cuidar do corpo de forma mais simples, sem exigir equipamentos, horários rígidos ou longas sessões de treino. A resposta está em se movimentar mais ao longo do dia, de forma natural e constante.
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Essa é a filosofia defendida pela medalhista de ouro olímpica Sally Gunnell, que aos 59 anos vem inspirando uma nova geração de pessoas a encarar o envelhecimento com leveza e vitalidade. A britânica, campeã nos 400 metros com barreiras nos Jogos Olímpicos de Barcelona em 1992, criou um método inovador que transforma atividades comuns do cotidiano em oportunidades de exercício.

O melhor de tudo isso, para quem não é muito adepto de uma rotina de exercícios em academias, ainda segundo ela, não é preciso ir à academia para fortalecer o corpo e manter a disposição, basta incorporar pequenos movimentos à rotina.
Movimento em pequenas doses
O método de Gunnell ficou conhecido como “snacks de exercícios”, ou “lanches de movimento”. A proposta é simples: dividir a atividade física em pequenos gestos distribuídos ao longo do dia. Pode ser fazer agachamentos enquanto o café passa, rotacionar os ombros ao se levantar da cadeira, ou ficar na ponta dos pés enquanto escova os dentes. São movimentos rápidos, mas eficazes, que fortalecem músculos, melhoram a postura e ampliam a mobilidade.
A ex-atleta explica que o segredo está na constância, não na intensidade. “Esses hábitos simples ajudam a preservar a autonomia física e a sensação de bem-estar conforme envelhecemos”, destaca Gunnell. A repetição diária de pequenas ações, segundo ela, é o que traz resultados reais e sustentáveis, sem exigir grandes sacrifícios de tempo.
Simplicidade e autonomia
O sucesso do método está na acessibilidade e na autonomia. Qualquer pessoa pode colocar em prática, sem precisar de aparelhos, roupas especiais ou planos de academia. A ideia é que o exercício aconteça de maneira integrada à rotina, um alongamento enquanto cozinha, uma caminhada curta entre tarefas ou um leve exercício de respiração ao acordar.
Essa abordagem se apoia no conceito de “empilhamento de hábitos”, no qual o indivíduo associa um novo comportamento saudável a uma atividade já existente. Com o tempo, o movimento se torna automático, parte natural do dia a dia, e a prática se mantém sem esforço.
Benefícios que se acumulam
De acordo com Gunnell, as pessoas que adotam o método relatam mais disposição, leveza e confiança. O corpo responde melhor, as dores diminuem e a sensação de cansaço dá lugar à vitalidade. O foco, porém, não está na performance, mas em preservar a independência física e o prazer de se mover.
Outro diferencial é a sustentabilidade da prática. Como os exercícios se adaptam a qualquer rotina, a probabilidade de desistência é muito menor do que em treinos convencionais. “O corpo precisa de constância, não de intensidade. É como investir um pouco todos os dias na sua própria longevidade”, afirma a campeã.
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Com essa filosofia, Sally Gunnell redefine o conceito de envelhecer bem, mostrando que o segredo para uma vida ativa e saudável pode estar nas menores ações, nas pausas, nos gestos simples e no compromisso diário de continuar se movendo.
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