
Em novembro de 2024, o Paysandu quebrou um jejum de sete anos e voltou a conquistar o Campeonato Paraense Sub-20. O título veio após uma final emocionante contra o Águia, em Marabá, decidida nos pênaltis. Esta seria uma oportunidade de ouro para o aproveitamento de jovens que poderiam compor um elenco enxuto, visando a temporada longa e exaustiva. Porém, parou por aí.
Uma das promessas feita pelo então presidente eleito Roger Aguilera era estruturar o Paysandu, e dentro desse plano era de valorizar as categorias de base do clube, visando plantar e colher frutos de forma caseira. Mas, até o presente momento, não passou de uma promessa que até então não vem sendo cumprida.
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O TAL "ELENCO ENXUTO"
O que salta aos olhos é que, mesmo diante de uma intensa maratona, disputando diversas competições simultaneamente, o que se viu foi o planejamento de elenco “enxuto e qualificado” cair por terra, a base vem sendo completamente ignorada. Porque além de faltar qualidade, em diversos momentos o técnico Luizinho Lopes se deparou com a necessidade de improvisar jogadores diante da falta de peças de reposição.
O clube desperdiçou a chance de aproveitar as promessas da base, deixando de colocá-las na vitrine, tanto para ganho técnico quanto financeiro.
FÁBRICA DE TALENTOS NA CURUZU?
Pior que isso: ignorou a “fábrica” de talentos, desprezando uma possível solução caseira para a maratona de competições que já estavam no horizonte. Preferiu sair contratando jogadores sem critério claro, apenas para atender às demandas do comando técnico e diretivo.
Caso Luizinho quisesse, não poderia ser difícil encontrar soluções da casa ao invés de seguir acreditando em jogadores que não entregaram em nenhum momento o que se esperava. Opções como o volante Kauã Hikel e o meia Henrique Salomoni, elogiados internamente, acabam sendo preteridos por Espinoza e Giovanni (dois que já não figuram mais como opções). E pior, emprestar o zagueiro Yarlei, de 19 anos, para jogar no sub-20 do Fortaleza, e seguir com Quintana e Luan Freitas, responsáveis diretos pela derrota para o Novorizontino. Ele é pior que essas opções citadas? Acredita-se internamente que sim.
E SE A TORCIDA DEMONSTRAR IMPACIÊNCIA?
Caberia à diretoria bancar a molecada. Até porque, diante do discurso propagado desde o início da temporada de que o clube vem passando por dificuldades financeiras, por que seguir contratando jogadores encostados em clubes menores, ao invés de dar moral para as crias da casa, que podem até ter suas limitações, mas não faltará empenho em mostrar serviço.
É difícil entender como clubes grandes e ricos, como Palmeiras e Flamengo, vez ou outra revelam e aproveitam jovens formados nas divisões de base. E o Paysandu, com orçamento muito mais modesto, é incapaz de enxergar a solução que está logo ali — dentro do próprio clube. Isso não é apenas desperdício: é capricho ou incompetência.
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