Paysandu se aproxima do "ponto sem retorno" na Série B

A situação do Paysandu na Série B do Campeonato Brasileiro já é considerada dramática. Com 22 pontos após 28 rodadas, o clube bicolor tem apenas 10 jogos restantes e um aproveitamento de 26%.

De acordo com projeções do Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o rebaixamento é praticamente inevitável e após a 28ª rodada este percentual atingiu 98,1%.

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Os números mostram que a pontuação de segurança para escapar da queda costuma ficar na casa dos 45 pontos. Em 2025, ainda há um risco pequeno de clubes com 45 caírem (7,9%), mas a probabilidade de rebaixamento cresce de forma expressiva em qualquer pontuação inferior.

Segundo a UFMG, um time com 44 pontos tem 21,3% de chance de cair. Com 43, a probabilidade salta para 42,2%. Na marca de 42 pontos, a chance de descenso dispara para 65,3%. Já equipes que terminarem com 41 ou 40 pontos praticamente não escapam: as chances de queda são de 84% e 95%, respectivamente.

O quadro deixa claro o tamanho do desafio bicolor. Para atingir os 45 pontos considerados o "número mágico", o Paysandu teria de conquistar 23 pontos nos 30 que ainda restam em disputa. Isso significa vencer pelo menos sete jogos e empatar outros dois – uma arrancada improvável para quem soma apenas quatro vitórias em toda a competição.

O cenário estatístico também projeta quando o rebaixamento pode ser matematicamente confirmado. Se mantiver o ritmo atual, o Paysandu deve chegar ao chamado "ponto sem volta" entre a 34ª e a 35ª rodada, quando já não terá mais chances de alcançar a pontuação mínima de permanência.

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Até lá, cada rodada ganha contornos de decisão. O próximo compromisso será contra o Criciúma, líder da Série B, neste domingo (28), às 16h, no Estádio Heriberto Hülse. Um desafio que ilustra bem o tamanho da missão que o Papão terá para tentar adiar a queda.

Embora a matemática ainda ofereça uma esperança remota, a realidade dos números não deixa espaço para ilusões. Com 98,1% de risco de rebaixamento, segundo a UFMG, o Paysandu precisa de muito mais que uma reação: precisa de um verdadeiro milagre para permanecer na Série B.

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