
A edição desta quarta-feira (25) do caderno Bola, do Diário do Pará, ofereceu aos leitores uma das capas mais criativas e bem-humoradas da temporada. Unindo a irreverência das séries de Roberto Gómez Bolaños - o eterno Chespirito - à fase oscilante do Clube do Remo, a arte satiriza a situação azulina com personagens icônicos como Chaves, Chapolin, Chiquinha, Quico e outros. Tudo isso para ilustrar a matéria principal intitulada "Leão Azul: Sem querer querendo", que trata dos tropeços recentes do time na Série B e a esperança de reencontrar o rumo antes que a crise se instale de vez.
A genialidade da arte da capa, de autoria de D'Angelo Valente, está em traduzir com leveza um momento tenso. O técnico António Oliveira aparece caracterizado como Chaves, símbolo da ingenuidade e da persistência, enquanto o presidente Tonhão encarna o próprio Chespirito - como se fosse o autor de um roteiro que, até aqui, desafia a lógica do planejamento azulino.
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A brincadeira com os personagens segue adiante: Jaderson, afastado por lesão, vira o Quico da "bola quadrada"; Marcelo Rangel é o Chapolin Colorado, que tenta "salvar" o time de cada enrascada. No fundo, a pergunta se repete: "Oh, e agora, quem poderá defender o Leão?"
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CRÍTICA BEM-HUMORADA
A manchete secundária, "Palma, palma, não priemos cânico", reforça o tom da crítica bem-humorada: apesar da saídas repentinas do executivo Sérgio Papellin, do técnico Daniel Paulista e de alguns membros da comissão técnica, ainda há tempo de ajustar o roteiro.
O texto da matéria do repórter Tylon Maués compara a atual temporada a um episódio improvisado de Chaves, com saídas de cena repentinas (como a de Papellin e Daniel Paulista) e a missão hercúlea de fazer rir (ou vencer) com poucos recursos - exatamente como Chespirito fazia nos anos 1970.
"SEM QUERER QUERENDO"
A referência à série biográfica "Sem Querer Querendo", atualmente em cartaz na HBO Max, adiciona uma camada contemporânea à homenagem, mostrando que a influência do humor simples e sagaz de Chespirito segue viva - inclusive no noticiário esportivo paraense.
Ao mesclar crítica, afeto e inteligência gráfica, o jornal acerta em cheio: informa, diverte e aproxima o leitor de uma situação complexa usando um universo afetivo e popular. Como diria o próprio Chapolin: "Meus movimentos são friamente calculados". A arte da capa também foi.
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