O Clube do Remo vive um momento de transformação. Após anos de instabilidade econômica, o Leão azul deve registrar, em 2025, o melhor resultado financeiro de sua história. Impulsionado pela boa campanha na Série B e por uma gestão profissionalizada, o clube paraense consolida um novo modelo de administração que une desempenho esportivo, sustentabilidade e engajamento da torcida.
Em entrevista ao site MKTEsportivo, o CEO André Alves destacou que o retorno à Série B foi um divisor de águas. “Depois de anos, o Remo retornou à Série B, e isso muda completamente o patamar de operação. A qualidade dos jogos aumenta, há incremento na verba de televisão, um calendário nacional completo e, consequentemente, o fortalecimento do programa de sócio-torcedor”, afirmou o executivo.
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Segundo André, a nova realidade permitiu ao clube planejar melhor as ações de matchday, a venda de camarotes e experiências, além de manter o torcedor engajado durante toda a temporada. O impacto esportivo também foi decisivo: o título estadual e a boa campanha nacional reacenderam o interesse comercial e o orgulho da torcida.
Gestão eficiente e modelo sustentável
Além de estar na briga direta por uma das vagas na Série A, o Remo conseguiu alcançar equilíbrio financeiro, o que, para o dirigente, é um marco. “Esse é um ciclo positivo que nasce do desempenho esportivo, mas se consolida com a gestão. Atuamos com planejamento orçamentário realista, controle rigoroso de custos e diversificação de receitas. Patrocínios de longo prazo, matchday estruturado e contratos seguros garantem nossa sustentabilidade”, explicou André.
O clube tem apostado também em novas fontes de receita e no fortalecimento do relacionamento com seus torcedores — pilares que sustentam a atual estratégia administrativa. O executivo destaca que o foco é estruturar uma base sólida para o futuro, mirando objetivos ainda maiores.
“Estamos avançando no licenciamento de produtos, aprimorando o sócio-torcedor, criando novos planos e benefícios, e estruturando novas estratégias comerciais, incluindo ativações regionais. O desafio é grande, porque a diferença entre as Séries C, B e A é um abismo. Por isso, precisamos consolidar essa base e ampliar as fontes de receita sem deixar de pensar no acesso”, completou.
Inspiração para o futebol do Norte
O sucesso do modelo de gestão do Remo pode inspirar outras equipes da região Norte, historicamente desafiadas por questões logísticas e financeiras. Para André Alves, o clube quer deixar um legado de equilíbrio entre paixão e profissionalismo.
“Fico feliz por participar desse processo de transformação. O legado que queremos deixar é justamente esse: mostrar que é possível equilibrar paixão e gestão. O futebol não é uma ciência exata, mas com planejamento, transparência e responsabilidade, as chances de atingir os objetivos aumentam muito. Espero que o Remo seja lembrado como um exemplo de que clubes do Norte também podem ser sustentáveis e competitivos”, concluiu o CEO.
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