O acesso do Remo à Série A, após longos 31 anos de espera, ganhou contornos ainda mais emblemáticos na análise do colunista do UOL, Walter Casagrande Jr. O ex-jogador escolheu acompanhar in loco - pela transmissão da ESPN - o duelo no Mangueirão e não economizou palavras ao definir a festa azulina como "a coisa mais linda desse ano". Para ele, a tarde deste domingo (23) não foi apenas sobre futebol, mas sobre um ato coletivo de resistência, orgulho e justiça simbólica: "O Remo sobe fazendo uma incrível partida e dá um tapa no racismo e na xenofobia", escreveu.
Casagrande destacou que, entre Criciúma, Chapecoense, Goiás e Remo, era em Belém que pulsava o jogo mais carregado de emoção. Mesmo tomando um gol logo aos 7 minutos, o time de Guto Ferreira mostrou maturidade, repertório e força mental para controlar a partida e buscar a virada.
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O comentarista elogiou a intensidade, a pressão e a variedade ofensiva do Leão, que obrigaram o experiente goleiro Tadeu a multiplicar defesas difíceis. Para ele, foi uma atuação técnica e emocionalmente superior, coroada pela explosão do estádio após o golaço de Pedro Rocha nos acréscimos do primeiro tempo - momento que, segundo Casão, mudou o clima da partida e incendiou a torcida.
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O colunista também se emocionou ao descrever as imagens que marcaram a tarde: crianças chorando abraçadas aos pais, camisas azulinas tremulando, e um barulho ensurdecedor que ele chamou de "delicioso" para quem ama futebol.
E foi assim, com João Pedro marcando o gol definitivo aos 39 minutos do segundo tempo, que o Remo selou não apenas o retorno à elite, mas uma vitória moral. Isso porque Casagrande fez questão de lembrar que o acesso histórico ocorreu uma semana após torcedores sofrerem ataques racistas e xenofóbicos - na derota por 3 a 1 diante do Avaí, em Florianópolis. Na visão do colunista, o clube respondeu em campo e nas arquibancadas. "Parabéns ao Clube do Remo", concluiu Casão, celebrando o feito que devolve Belém ao mapa da Série A e reafirma a força do futebol do Norte.
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