Belém viveu em 2025 uma apoteose tingida de azul-marinho. Em um ano marcado por recordes de público, decisões dramáticas e o tão sonhado retorno à elite do futebol brasileiro, o Clube do Remo fez das arquibancadas o seu maior ativo esportivo e financeiro. A temporada foi tão intensa que, somando Parazão, Copa do Brasil, Copa Verde e a Série B completa, o Leão conseguiu um feito raro no futebol do Norte: ultrapassou a marca de R$ 21,6 milhões em renda bruta ao longo do ano, reflexo direto de uma relação histórica — e cada vez mais potente — entre o clube e a torcida azulina.
O volume impressionante foi impulsionado por jogos decisivos, clássicos contra o Paysandu e, principalmente, pela reta final da Série B, quando o Remo entrou no embalo da arrancada que culminaria com o acesso. Somente na partida contra o Goiás, que selou o retorno à Série A após 31 anos, disputada no último domingo (23), mais de 47 mil pessoas estiveram no Mangueirão, gerando uma renda bruta superior a R$ 3 milhões — a maior do futebol paraense na temporada.
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Mas o ano azulino não foi marcado apenas por lotações pontuais. A consistência também chamou atenção: ao longo das quase 30 partidas realizadas como mandante na temporada, o Remo levou ao estádio 591 mil torcedores, uma média de 19.722 pessoas por jogo. Na prática, isso significou não apenas estádios cheios, mas exposições constantes de um modelo de engajamento que tem colocado o Leão entre os clubes de com maior capacidade de mobilização do país.
Os clássicos contra o Paysandu foram outro ponto crucial para as finanças. As 5 partidas disputadas no Mangueirão em 2025, entre Parazão e Série B, renderam juntas quase R$ 2,9 milhões líquidos, além de públicos sempre acima de 20 mil torcedores. Em paralelo, confrontos tradicionais, como América-MG, Coritiba, Vila Nova e Chapecoense, também tiveram impacto significativo na arrecadação.

Força da arquibancada
Mesmo com oscilações — como alguns jogos deficitários no início do ano, especialmente pelo Parazão — o saldo final da temporada foi amplamente positivo. Dos mais de R$ 21,6 milhões arrecadados em bilheteria, o clube conseguiu converter R$ 12,36 milhões em renda líquida, valor que se torna ainda mais expressivo diante da realidade econômica da Região Norte e do orçamento dos clubes da Série B.
A força da arquibancada azulina, portanto, não foi apenas um elemento emocional, mas peça central no planejamento e na execução de uma temporada histórica. Em 2025, o Remo não apenas voltou à Série A: voltou amparado por um fenômeno de torcida que, jogo após jogo, mostrou que o Mangueirão, ou o Baenão, é muito mais do que estádio — é a cara, a voz e o pulmão de um clube que se reconstrói impulsionado pela paixão de sua gente.
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