Clube do Remo celebra acesso à Série A com missa na Basílica

Antes mesmo de a bola rolar, havia algo invisível, porém poderoso, acompanhando o Clube do Remo na reta final da Série B 2025: uma devoção que ultrapassou o limite das arquibancadas e ganhou espaço no próprio ritual do futebol. Foi com esse espírito de gratidão que, na última segunda-feira (8), a Basílica Santuário recebeu a missa comemorativa pelo acesso do Leão à Série A do Campeonato Brasileiro, reunindo torcedores, dirigentes e devotos para celebrar a conquista e renovar promessas.

A imagem de Nossa Senhora de Nazaré, que marcou presença entrando em campo junto com time nos jogos decisivos, foi colocada em local de destaque durante a cerimônia e recebeu um manto novo, simbolizando a renovação da fé azulina. O padre Assis, que conduziu a missa em uma basílica lotada pelo Fenômeno Azul, destacou a força dessa união entre espiritualidade e paixão clubística. "A fé não se separa da vida", afirmou, lembrando que o gesto do clube - levando a imagem da santa ao gramado - foi "um testemunho bonito para o mundo".

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“Eu acredito que a fé está presente na nossa vida como um todo, em todos os lugares, inclusive na torcida, no futebol, no esporte. Nós vamos como pessoas que acreditam em Deus e que têm devoção à Nossa Senhora de Nazaré. Acredito que essa grande lição, esse grande exemplo que o Clube do Remo deu, até mesmo aquela imagem de Nossa Senhora sendo levada para a arquibancada e depois para o gramado, foi um testemunho bonito para o mundo de que a fé não se separa da vida", declarou o sacerdote.

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O presidente Tonhão também voltou o olhar para a dimensão espiritual da conquista. Ele reconheceu que boa parte da força do grupo veio dessa conexão com o sagrado: "O que aconteceu com o Remo este ano foi fruto da nossa fé, fruto do amor de Maria por todos nós", declarou, emocionado. E completou: "A gente tem que sempre agradecer. Precisamos estar conectados com aquele que nos fortalece e com aquela que intercede por nós."

PROMESSAS PELO ACESSO

Entre os torcedores, as histórias de devoção se multiplicaram. Rodolfo Júnior, visivelmente tocado pela experiência, revelou que antes não tinha tanta crença: "Nossa Senhora tocou no meu coração muito antes daquele acesso." Ele contou que sentiu como obrigação ir até a Basílica: "Eu tinha o dever de vir aqui agradecer".

Já seu Orlando Cordovil revelou a promessa feita à neta: "Se o Remo subir, eu vou agradecer à Nossa Senhora de Nazaré… e vou raspar minha cabeça no Mangueirão." Promessa cumprida, cabeça raspada e alegria incontida: "Fiquei um pouco feinho, mas tô feliz pelo Remo. O importante é a subida!". Convicto de que o Leão Azul permanecerá um longo tempo na elite do futebol brasileiro, o torcedor ainda reforçou a confiança na gestão atual: "Esse nosso presidente é um cara de palavra, quer tudo de bom para o Remo."

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