Documento aponta: Sars-Cov2 pode ter surgido em laboratório

De acordo com um relatório confidencial, produzido pela US Department of Energy (DoE), o surgimento do vírus Sars-Cov2 estaria relacionado com um vazamento de laboratório, ocorrido no instituto de virologia de Wuhan, na China.

O documento foi enviado diretamente para a Casa Branca dos EUA. O DoE tem bastante relevância no meio acadêmico, já que está sob a tutela de grandes laboratórios americanos, como o Lawrance Livermore e o Los Alamos. A notícia da divulgação do documento sobre a origem do Sars-Cov2 foi feita pelo Wall Street Journal e causou alvoroço nas redes sociais.

A hipótese de que o vírus que originou a covid-19 surgiu em um acidente de Laboratório em Wuhan não é nova. Desde 2021 algumas investigações apontam diversas suspeitas sobre o instituto chinês[D1] .

Especula-se que o laboratório fazia pesquisas perigosas e inseriu a proteína da Sars-Cov2, num coronavírus de morcego. Os cientistas que trabalharam neste estudo não seguiam normas internacionais de segurança, e mexiam com o coronavírus de forma irregular, o que poderia explicar o vazamento do Sars-Cov2.

E diferente do que se possa pensar, este tipo de pesquisa é comum em diversos laboratórios do mundo. Em outubro de 2022 pesquisadores da Universidade de Boston criaram uma nova variante do Sars-Cov2, misturando partes da Ômicron e da primeira variante, que deu início a pandemia em Wuhan.

Este tipo de pesquisa é chamado de “ganho de função”. O governo Obama, em 2014, baniu estudos relacionados a ganho de função, por considera-los perigos demais. No entanto, na gestão Trump, eles foram liberados novamente.

A versão final do documento sobre o surgimento do Sars-Cov2 ainda não foi enviado para Biden, mas o presidente dos EUA já afirmou que os estudos envolvendo ganho de função em vírus vão continuar.