O leite de búfala é considerado um poderoso aliado para a promoção da saúde e, desta forma, a produção leiteira bubalina tem ganhado um lugar de destaque no Pará e no Brasil, especialmente por meio dos seus produtos derivados, incluindo o queijo do Marajó, que em 2021, conquistou o selo da Indicação Geográfica (IG) do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Essa riqueza e versatilidade do produto é explorada em detalhes na AgroPará, revista de setembro, que destaca as potencialidades e os benefícios desse recurso proveniente da região.
Segundo a Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), o arquipélago do Marajó concentra todo o leite das fazendas de criadores de búfalos nos campos da região. Os municípios de Chaves, Soure e Cachoeira do Arari se destacam na produção deste insumo, e dados da Adepará concluíram que por mês são produzidos algo em torno de 4,170 toneladas.
A qualidade dessa produção está intrinsecamente ligada a iniciativas como o melhoramento genético dos animais, capacitação dos produtores e assistência técnica oferecidos pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater). Tais esforços tornaram-se imprescindíveis, visto que o arquipélago do Marajó ostenta o maior rebanho bubalino do Brasil, cerca de 72%.
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Vale ressaltar que por mais que o queijo do Marajó ganhe protagonismo, há diversos outros produtos derivados do leite de búfala, de todos os tipos e gostos. Na lista, encontramos a muçarela, requeijão, creme de ricota, cottage, manteiga, coalho, creme de leite, além de uma variedade de queijos que vão desde burratas a queijos defumados, entre outros.
De acordo com especialistas em nutrição, o leite de búfala se destaca por diversas vantagens se comparado ao leite de vaca. Além de conter menos colesterol e gorduras saturadas, é rico em proteína A2A2, de fácil absorção pelo organismo humano, contribuindo para minimizar desconfortos no sistema digestivo causados pelo consumo de lácteos.
BENEFÍCIOS
Para o nutricionista Felipe Carvalho, o leite bubalino é uma ótima alternativa para quem busca melhor qualidade de vida, pois oferece vantagens por causa da qualidade nutricional do alimento, já que apresenta bons níveis de gordura, como os ácidos graxos, cápríco, mirístico, palmítico, esteárico, palmitoleico e linoleico, proteína, calorias, vitamina A e cálcio mais elevados se comparado ao leite da vaca.
Felipe completa ao afirmar que, em relação ao teor mineral, “o leite de búfala é mais rico em cálcio e magnésio do que o leite da vaca, porém, tem baixa quantidade de cloro, potássio e sódio, o que considerado positivo para uma alimentação saudável” e que este insumo extraído da búfala “apresenta também 25,5% de aminoácidos essenciais a mais do que o leite de vaca”.
Outro detalhe que chama atenção no alimento é que o leite bubalino possui uma maior relação gordura/proteína, que o torna o sabor mais agradável. “Este é o resultado da combinação: ‘quanto maior o teor de gordura neutraliza o amargor das proteínas’. O leite de búfala combate os radicais livres causadores de doenças degenerativas e aceleradores do envelhecimento, elementos que podem causar até mesmo tumores malignos. É um poderoso mineral que contribui com a produção de glóbulos vermelhos, o que fortalece o sistema circulatório e melhora a circulação, previne doenças vasculares, como derrame e varizes, além, claro, de ser um forte aliado para o processo de emagrecimento.
“Em resumo, o alimento é uma excelente fonte de proteínas, vitaminas e minerais. Contém quantidade significativa de cálcio, fundamental para a saúde dos ossos e dentes. É rico em vitaminas do complexo B, que ajudam a regular o sistema nervoso e a produção de energia do corpo. Há ainda fósforo, magnésio e potássio, que auxiliam no bom funcionamento dos músculos e do coração”, conclui o nutricionista.
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