O Amapá já se prepara para que o sistema de saúde estadual entre em colapso em poucas semanas em decorrência do Covid-19. A expectativa é que, até meados de maio, o estado tenha cerca de 2,7 mil casos confirmados da doença. Por enquanto, 1.941 casos suspeitos ainda estão em análise laboratorial.

Uma reunião que ocorreu nesta quinta-feira (30), com a presença do Superintendente da Vigilância em Saúde do Amapá, Dorinaldo Malafaia, destacou alguns pontos de preocupação. A reunião virtual promovida pela comissão externa da Câmara dos Deputados analisou sugestões de ações contra o novo coronavírus. “A nossa avaliação de curva de crescimento se instaura numa maior quantidade daqui para a próxima semana”, revelou o superintendente.

Até ontem, o Amapá contabilizava 1.080 casos de Covid-19 e 34 mortes. O estado já tem a maior proporção de infectados por número de habitantes no País, mas não tem o maior índice de mortalidade, que é do Amazonas.

Imagens

Em imagens que circulam nas redes sociais já é possível ver alguns momentos de pânicos dos moradores do estado. Muitos moradores se desesperam ao lado de pessoas contaminadas em busca de atendimentos.

Escassez

O Amapá possui 49 leitos de UTI destinados à Covid, mas, segundo o secretário estadual de Saúde, João Bittencourt da Silva, a grande dificuldade é o abastecimento de medicamentos em um estado servido por poucos voos. Outra é a falta de profissionais da saúde.

“O nosso maior gargalo na montagem de equipe ainda é o profissional médico. Dentro de um centro de terapia intensiva, nós precisamos de um profissional com a expertise de terapia intensiva, tem de ser intensivista”.

Ainda segundo o secretário João Bittencourt da Silva, a Assembleia Legislativa do Amapá analisa a concessão de uma gratificação para intensivistas, para incentivá-los a trabalhar no estado.

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